sábado, dezembro 18, 2021

A Província e o que dá ao Litoral!

Já o Senhor Primeiro ministro e uma outra ministro o reiterou, e é verdade que as cidades do litoral devem muito à Província ( não consigo gostar do termo "interior"), e é a pura realidade!
Mas palavras ditas de boca para fora sem terem a alicerça-las acções para nada servem!
De facto é da Província que lhes chega a água potável, que lhes chega a maior parte de energia elétrica, a alimentação ( menos a importada)  e muitas coisas mais.
Pelo se os governos realmente querem ajudar as provincias e as regiões menos litorais, dêem-lhes uma excelente cobertura de internet, de televisão digital, dêem aos seus hospitais médicos e enfermeiros, e baixem ou até acabem com as portagens nas suas autoestradas, para assim promoverem o repovoamento!
Isso sim entre outras coisas ajudaria as pessoas a não deixarem estas regiões e outros virem para cá!

terça-feira, junho 16, 2020

O Vírus e as Festas da Província!

Este vírus que nos veio fazer a vida negra, infelizmente não só levou várias vidas, como nos voltou a colocar quase em recessão e nos veio tirar o que nas nossas aldeias e vilas com cada vez menos gente, algo que nos dava ainda alguma alegria e trazia às nossas terras alguma mais vida e mais gente!
Mas como contra factos não há argumentos, temos que aceitar embora nos custe muito!
Felizmente o nosso Município "D'Algodres foi quase poupado, até hoje só tivemos 3 casos positivos e não perdemos ninguém para o "bicho"!
Quem sabe poderes superiores estiveram connosco, e iluminaram quem nos governa com medidas rápidas e sábias. Nesta área foi também fundamental todas as organizações; públicas, privadas e sociais estarem todas sintonizadas nesta luta, coisa que adorei ver e que se devia ver sempre em defesa de um concelho pequeno, em que todos juntos somos sempre poucos!
Eu que pessoalmente acredito em algo mais do que o que se vê e palpa, posso até crer sem me custar muito, que o nosso Município tem sido poupado, pela interessessão do Mártir São Sebastião, patrono das pestes e que o nosso povo venera em todas as nossas igrejas e muitas Capelas. Creio que não existe nenhuma das nossas paróquias sem uma imagem do Santo Mártir.
Já que não pode haver festas nem procissões, creio que no entanto nada nem ninguém nos pode proíbir, de que todas as paróquias possam arranjar um andor de S. Sebastião, numa carrinha engalanada, e todas juntas promoveram um desfile que percorreria todas as nossas povoações em data que próxima.
Não era necessária a presença de grupos de gente pois cada um esperava o desfile nas suas casas, de onde o honraria com colchas nas janelas e varandas e flores.
Seria algo creio que inédito em Portugal e que até colocaria o nosso querido Município de Fornos de Algodres nas notícias e bocas das pessoas.
São ideias de uma "sumidade", que gosta muito da sua terra.

quarta-feira, março 27, 2019

A Sina de ser Pequeno: "O Tribunal"!

Normalmente acredito nas pessoas e dou-lhes sempre o benefício da dúvida. Mas as últimas notícias dos decretos e decisões deste governo, vêm confirmar que os políticos deste governo, não sabem honrar a palavra, realmente reabriram o Tribunal de Fornos de Algodres, mas sem nenhuma competência e vieram agora dar-lhe a machadada final, ao criarem um tribunal de competência genérica em Celorico da Beira, onde nos agregaram novamente. Embora ficassemos um pouco melhor porque existe transporte colectivo para Celorico coisa que não há para Gouveia, continuamos sem Tribunal e sem préstimo para um edifício que ainda é melhor e mais moderno que o de Celorico da Beira.
Só gostava de saber porque razão, ninguém fez ver a Ministra da Justiça, que a área geográfica de um tribunal não tem necessidade de se reger por limites municipais. Porque junto à vila de Fornos e do seu tribunal encontram-se várias freguesias dos concelhos de Aguiar da Beira e de Penalva do Castelo, municípios que nunca tiveram tribunal que até aos anos trinta do século algumas dessas freguesias bem assim como do município de Mangualde, pertenciam à Comarca de Fornos de Algodres, e bem poderiam voltar a pertencer ao nosso tribunal, e assim justificar o uso de um edifício construído há uns vinte anos.
Até politicamente havia todas as condições porque, governo e as câmaras municipais envolvidas estão geridas pelo mesmo partido.
Mas parece que não importa que partido governe estamos mesmo condenados a morrer!

domingo, junho 18, 2017

Os Incêndios, o luto, e uma solução! (Talvez a unica)!

A desvantagem ou a vantagem, de ter mais 6 dezenas de anos, (as mesmas das actuais vítimas mortais) é o facto de me lembrar dos tempos em que os incêndios florestais, (sempre os houve) se combatiam maioritariamente por populares, (porque os havia, as aldeias tinham gente) e na maioria das vezes, os bombeiros quando chegavam já só faziam o rescaldo!
Agora não é assim porquê? Porque cada vez há menos gente, a que há é cada vez menos solidária, e porque devido a conjunturas em que a terra foi abandonada, há cada vez mais mato e florestas cerradas, muitas vezes impossíveis de penetrar, com incêndios como estes que vitimaram tantos dos nossos!
O que a porcaria dos políticos que temos tido, desde a bendita democracia tem feito, é meter dinheiro no combate, e, encher os bolsos de uns poucos,  com os negócios dos combates aos incêndios florestais!
Como se os incêndios florestais, com florestas como as nossas e com dois meses de seca, se combatessem com água!
Falamos há décadas demais com prevenção, mas para realmente resolver os problemas, não vejo nenhum político apresentar nenhuma medida concreta nessa área.
Senão vejamos, quem pode obrigar um velho a viver da segurança social, a gastar dinheiro que não tem, para limpar uma pequena mata, de que ele não tira proveito nenhum?
Como pode um proprietário consciente, que tem o terreno em volta de sua casa limpo, obrigar o vizinho inconsciente, ou até ausente, a limpar o seu?
Como pode o Estado o primeiro incumpridor, obrigar ou outros a cumprir as leis, que diligentemente, época de incêndios uma atrás outra, vai pondo no papel?
Como se não limpa ou se pode obrigar a limpar as florestas, só há uma solução, (digo eu) deixar as florestas aos seus donos, e dedicar os recursos a salvar gente e habitações!
E como fazê-lo? Investir nos sapadores florestais, que teriam quer ser ou camarários ou das próprias corporações bombeiros, (retirando possiveis lucros a uns quantos chicos espertos) e com a dimensão de acordo o território municipal.
Trabalharem todo o ano, mantendo realmente as verdadeiras zonas de protecção, em redor de todas as moradias e junto a todas às vias de comunicação. Teriam que ter poderes para entrar em qualquer propriedade, tanto para desmatar, como para deitar abaixo todas as árvores que estivessem dentro dessas áreas de protecção.
Com medidas destas eliminavam-se grandes interesses, e dava-se trabalho fixo a muita gente nas áreas rurais, promovendo até o repovoamento de territórios a necessitar de trabalhos (ou empregos) para tanta gente!
No final provávelmente até se gastaria menos todos os anos!
Quanto às florestas e seus proprietários, que as limpassem, que contractassem eles meios de defesa e combate em conjunto, ou que as deixassem arder!
Não pode uma Pátria inteira, continuar a dispender tempo, dinheiro, e principalmente vidas humanas, e depois deitar as culpas, para os foguetes, para os incendiários (muitos presos múltiplas vezes) ou para trovoadas secas!

BASTA DE INCOMPETÊNCIA, POLÍTICOS DA MINHA PÁTRIA!!!

sexta-feira, junho 02, 2017

DATAS (mais ou menos) REDONDAS!

                             

Neste ano da graça de 2017, acontecem no nosso municipio e vila de Fornos de Algodres, algumas datas mais ou menos redondas, que muito significado têm para  nossa terra.

São os 740 anos da "Lide de Fornos de Algodres", combate medieval que aconteceu entre as familias Tavares e Cambra, e involveu os Melo, Pacheco, Correia e os Soveral de Algodres. Com combates documentados em Fornos de Algodres e em Pinheiro de Tavares, junto a Ramirão, que aconteceram em 1277.

Também se completam 707 anos, do foral a Fornos de Algodres, concedido por D. Dinis em 28 de Maio de 1310. (Um ano anterior ao de Algodres)

Os 520 anos da confirmação por D. Manuel I, do foral de D. Dinis a Fornos de Algodres (foral novo) que aconteceu em 24 de Agosto de 1497. (Também bastante anterior ao de Algodres)

E os 180 anos, da transferência para a vila de Fornos de Algodres da sede do concelho D'Algodres, que tinha sido criado com a extinção,  dos antigos concelhos de Fornos de Algodres, Figueiró da Granja, Infias, Matança, Casal do Monte e Penaverde, em 6 de Novembro de 1836.
Esta transferência da sede concelhia, efectivou-se pelo decrecto de 12 de Junho de 1837.

Todas estas efemérides por si só mostram, que embora Algodres seja muito mais antiga, desde cedo Fornos de Algodres, (a vila) por ser mais povoada e mais bem localizada, (embora não central) atingiu mais importância.

Eu que gosto muito de história, e que creio que para gostarmos de nós, devemos gostar de saber de onde viemos, ficaria muito contente se quem de direito também gostasse.

segunda-feira, janeiro 30, 2017

O QUEIJO SERRA DA ESTRELA, e a Terra de Algodres!


Quase todos os anos por esta altura, refiro-me a este producto de eleição da nossa região, mas sem duvida nenhuma, a principal "bandeira" do Município de Fornos de Algodres, em minha humilde opinião. Embora haja sempre quem discorde.
Os lacticínios dos nossas ovelhas "bordaleiras", "churras" e "merinas mondegueiras", (embora cada vez mais, só das primeiras) encontram origens nos mais antigos tempos do povoamento conhecido, de mais de 6000 anos no nosso território.
Foram encontrados e datados, vestígios de leite fe6rmentado em vasilhas de barro, nas nossas antas, principalmente na Anta das Corgas da Matança. Que provam sem duvidas nenhumas, que os nossos antepassados do neolítico, já faziam e consumiam queijo, ou algo parecido com o nosso queijo actual.
Sabe-se e isso é referido em várias fontes, que os romanos que colonizaram também a nossa Terra de Algodres, onde deixaram muitos vestígios ainda hoje visitáveis, foram provavelmente quem terá depois da  implementação da "pax romana", agricultado os nossos vales e organizadamente, criado os primeiros rebanhos de ovelhas e cabras, potenciando a feitura do queijo, e a criação dos nossos saborosos "cordeiros"!
E embora tenha só sido, depois da construção da linha de caminho de ferro da Beira Alta  (finais do século XIX) que o nosso Queijo da Serra, tenha passado a ser conhecido no litoral da nossa Pátria, na nossa região era conhecido e vendido nas várias feiras regionais.
O próprio Gil Vicente, que provavelmente nasceu em Guimarães de Tavares, que fica a poucos quilómetros de Fornos de Algodres, refere num dos seus "autos", o "queijo comprado na feira de Trancoso"!
Mas como referi foi o caminho de ferro, que proporcionou um transporte mais rápido, potenciou a produção e comercialização do nosso queijo, e foi nas feiras mais junto à Linha da Beira Alta, onde o queijo passou a ser rei do comércio.
Porque embora o nosso queijo de ovelha, tenha o nome de "Serra" e ultimamente o de "Serra da Estrela", o berço natural e ancestral da sua produção, sempre foi e continua a ser, o vale de Alto Mondego e os vales rios e das ribeiras tributantes.
Portanto e digam o que disserem, e, embora a região demarcada, seja muito mais abrangente, as maiores e mais antigas feiras do Queijo da Serra, onde os "Barreiros" e os "Garcia" (grandes armazenistas e comerciantes lisboetas) vinham negociar o melhor queijo, sempre foram a de Fornos de Algodres, da Carrapichana, e de Celorico da Beira!
Mas Fornos desde o século XIX, sempre foi a maior, não porque o nosso concelho fosse maior que o de Celorico,  mas porque o nosso queijo, sempre foi reconhecido como do melhor, era aqui onde se conseguiam os melhores preços. Pelo que os nossos vizinhos de Penalva do Castelo, de Aguiar da Beira, Mangualde, Trancoso, Gouveia e até de Celorico da Beira aqui o vinham vender, pois sempre conseguiam um melhor preço!
Tudo assim continuou, até aos anos 80 do século passado, quando se iniciaram as várias feiras/concurso do Queijo da Serra, nos vários concelhos da região demarcada.
A primeira destas em Fornos de Algodres foi realizada em 1981, e creio que foi a primeira ou das primeiras!
Em minha humilde opinião, bem podíamos realizar na nossa "Terra d'Algodres", uma toda semana, dedicada à "Arqueologia e ao Queijo Serra da Estrela"!

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Por Fornos de Algodres, "Ano Novo Vida Nova"!



Iniciou-se um novo ano civil, nas nossas latitudes e sociedades "cristãs", o de 2017.
Pela minha querida terra de Algodres, inicia-se da melhor forma, com o nascimento de uma nova menina; a primeira nascida no ainda Distrito da Guarda, e daqui deste humilde fórum, quero expressar os meus parabéns aos seus pais, e desejar-lhe a ela um futuro em tudo risonho!
Mas este novo ano também volta a trazer, a esta antiga e linda terra, alguns poucos mas mesmo assim importantes, motivos de esperança, ao contrário do que tem acontecido até há muito pouco tempo.
No dia 2 deste Janeiro vai reabrir a nossa "Casa da Justiça", que nunca devia ter encerrado. E aqui apresento, os meus agradecimentos a Senhora Ministro da Justiça, natural da terra onde me fiz homem, e como nós dizemos na nossa Beira um grande "bem haja".
Também neste 2017, ainda não sei a data, vai abrir num lindo e moderno edifício, (parabéns ao arquitecto) a Caixa de Crédito Agrícola; uma instituição bancária que ao contrário de outras, continua e bem, a apostar e a acreditar no nosso Município. Pelo que também o meu bem hajam.
Tenho esperança que o pior já tenha passado, até porque felizmente sou daqueles, que sempre vêm, "o copo meio cheio", pelo que espero mais coisas novas e boas!

Também neste mês se completam 11 anos de "escrevinhadelas", no blogue "AQUI D'ALGODRES, deste que embora ausente, têm a sua terra no coração e que não admite, que alguém goste mais dela, que ele!

sábado, novembro 19, 2016

Toponimia na Terra D'Algodres.


Na minha ultima estadia no meu querido município de Fornos de Algodres,
dei-me conta que certa toponímia em falta começava a ser colocada.
Esta fotografia demonstra, que na minha freguesia de Infias, a sua junta,
decidiu com esta placa homenagear uma figura, que embora não sendo natural
do nosso concelho, aqui desempenhou a sua missão, aqui lecionou e escreveu
a sua obra, alguma da qual referente à nossa terra! A minha humilde homenagem
também a este sacerdote, com quem também aprendi muito do que sei.
Para além desta placa, foram também colocadas outras em falta,
em muitas artérias da freguesia, pelo que aqui apresento os meus parabéns,
aos membros da junta da freguesia de Infias.

Também na Vila de Fornos de Algodres, se começaram a conhecer os topónimos,
de muitas das actuais ruas e avenidas, coisa para o qual já há muitos anos,
aqui neste blogue, tinha chamado à atenção de quem de direito, para esta falta, com vários "posts", até com sugestão de nomes!
Está portanto de parabéns a Câmara Municipal, e, ainda mais porque decidiu
usar topónimos locais, não ferindo assim ninguém, nem por acção nem por omissão.
No entanto continuo a pensar, que nomes como Padre Manuel Cabral natural da Fonte Fria, o Padre António Magalhães natural de Cortiçô, a Dra. Amélia Pais, o 
Conde de Cabral José da Silva da Costa Cabral, o Raul Solnado, o Engenheiro José  Eduardo Simões Coimbra, o primeiro Viconde e Conde de Fornos José Maria de Abreu Castelo Branco Cardoso e Melo, o Barão de Fornos João Maria Pimentel de Vasconcelos Soveral,  entre muitos mais, bem mereciam o seu nome 
numa das nossas ruas ou avenidas.