quarta-feira, novembro 29, 2006

ENCERRAMENTO DE URGENCIAS

Li com tristeza que o meu concelho entre outros, vai perder o Servico de Atendimento Permanente no Centro de Saude, recentemente construido. Esta noticia ja nao e surpresa para mim, sabendo eu das medidas economissistas que este (des)governo, tem estado a tomar ultimamente.
O que me surpreende e o conformismo que eu vejo, por parte dos cada vez menos residentes do meu municipio, mas e principalmente a apatia da autarquia camararia, que me surpreende mais. Pois em minha humilde opiniao, deveria ao menos oferecer alguma resistencia a estes encerramentos, a semelhanca de outras autarquias nossas vizinhas!
Sei muito bem que o meu municipio e pequeno, mas tambem sei que com estas e outras medidas semelhantes, ainda vai ficar menor de habitantes e tambem de ideias e vontades, (ate parece que existe medo de que a populacao aumente!). Acontece que pelo bem ou pelo mal, estamos a meio do caminho entre a Guarda e Viseu com outro municio entre meio para cada lado, tambem eles sem urgencias durante a noite. Sei ainda que devido a localizacao de Fornos de Algodres junto a A25, talvez se justificasse alguma emergencia entre as duas cidades mencionadas. E tambem sei que devido a sua centralidade, Fornos pode prestar servicos a grandes franjas de outros concelhos circundantes pela sua proximidade. Por isso esperava ao menos alguma resistencia por parte da Camara Municipal, mas nao, ja se contentam se o governo mantiver aberta a emergencia ate as 24 horas, que tristeza, ate no pedir somos pobres!
E o povo da minha terra segue feliz e contente, nao ha trabalhos, nao ha escolas, nao ha emergencias nocturnas, provavelmente nao havera tribunal, nao havera notario (por falta de gente interessada em candidatar-se) nao ha vontades nem ideias e, tambem cada vez ha menos gente.
Temos edificios construidos recentemente, para os varios servicos, que brevemente estaram fechados, entao para que se lutou tanto para construi-los???

segunda-feira, novembro 27, 2006

TODO O TERRENO a norte da "ESTRELA" em bicicleta

Organizado pelo INATEL (seccao da Guarda) municipio de Fornos de Algodres e pelo Esgalhada Clube de TT, vai realizar-se uma prova ciclistica de todo o terreno, por "Terras de Algodres" e pela encosta norte da nossa "Estrela" (a serra).

Sera nos dias 1 e 2 de Dezembro proximos.

Consultem o programa no site do municipio de Fornos e passem uns dias agradaveis em natureza cheios de aventura, com muito patrimonio arqueologico e historico a mistura.

sábado, novembro 25, 2006

E porque nao condominios de luxo???

Vi e ouvi hoje um programa que referia uma empresa imobiliaria, cuja finalidade principal era a construcao projectos de habitacao, para gente reformada normalmente de paises do norte da Europa e ilhas britanicas.
Nesse mesmo programa referia que projectos do genero, ja existem bastantes no sul, mas que no norte ainda poucos se implementaram.
Ora isto veio-me lembrar, que o que se aplicava para residencias de terceira idade ou lares de qualidade, (Paisagens deslumbrantes, boas acessibilidades, ares despoluidos, etc, etc,) tambem se aplica para esta area de actividade.
Os nossos autarcas, em vez de se queixarem que isto esta mau e que ninguem faz nada por nos, haveriam de lembrar-se que oportunidades existem, ideias e que por vezes nao, ou se as ha nao sao implementadas.
Uma coisa podem todos estar certos, se nao for-mos nos a lutar pelas coisas, nao seram os outros a faze-lo.
Mercado para este tipo de iniciativas existe, assim haja vontade de lutar contra o marasmo.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Toca a florestar o Monte do Crasto


Ja tinha lido no blog: "O Cantaro Zangado" (link aqui) e agora tambem no: "Coroas de Pinho" (link no judeus em terras de Algodres) e, noutros sitios que agora me nao vem a memoria, sobre o programa "Um milhao de carvalhos pra a Serra da Estrela".
Isto fez-me lembrar o "meu" Monte do Crasto, ou de S.Tiago, junto a muito querida aldeia de Vila Cha, mas ja incluido na freguesia de Figueiro da Granja, que eu conheci totalmente coberto de arvores.
Nesses tempos ainda nao tao distantes, que os varios incendios pelaram completamente, a maior parte das arvores ai implantadas eram os pinheiros bravos, embora se pudessem ainda ver tambem, alguns carvalhos negrais autocones que aquelas arvores resinosas vieram substituir.
Ora sendo a maior parte desse monte "baldio" e portanto propriedade da junta de freguesia, nao haveria muita dificuldade em implementar tambem ai uma campanha semelhante.
Eu sou a favor da sementeira de carvalhos negrais no Monte do Crasto, e voces?

Ps: a foto foi "roubada" do: "Coroas de Pinho"

quarta-feira, novembro 15, 2006

"As manias" o convite!

Fui convidado pelo meu amigo Toze Franco, do "blog": http://historiasesabores.blogspot.com (meus links) para divulgar cinco manias minhas, (agora e que vao ver, que eu nao presto mesmo) enquanto tenho que pedir a cinco outros amigos para fazerem o mesmo.
As manias aqui vao:

1- Regionalista convicto, contra ventos e mares em defeza da "nossa Beira" e das "terras de Algodres"

2- Falador em demasia, se me deixarem monopolizo as conversas todas.(esta e bem ma creio!)

3- De vir a "Net" todos os dias (ou quase).

4- Da limpeza (esta nao e assim tao ma penso eu)

5- Da organizacao (uma organizacao desorganizada)

Estes sao as minhas vitimas:

O Joaquim do "Rei Wamba"
O Luiz Pina de Fornos.
O Lopes do "observatorio"
O Tavares do "Neoarqueo"
O Nuno do "Beira Medieval"

Embora seja "obrigatorio" fica a descricao de cada um seguir esta "onda", ou nao vivamos em democracia.

segunda-feira, novembro 13, 2006

CIDADES e VILAS e suas incongruencias

Recentemente foram elevadas a cidade tres vilas do actual distrito da Guarda; Trancoso, Meda e Sabugal. Em minha modesta opiniao era melhor ser uma boa vila, que uma fraca cidade, mas nem toda a gente pensa como eu, felizmente (ou nao).

Dessas tres, mas isto digo eu, so talvez Trancoso estaria mais proximo dos meus parametros para ser cidade. No que toca as outras duas e sao terras que conheco bem,
nem pela populacao residente, nem por outros motivos deveriam ser cidades. Creio ate, que Celorico da Beira ate cumprira mais "items" para o ser do que aquelas.

Agora vejamos; brevemente vamos ter cidades que nao tem servico de urgencia de saude, que provavelmente perderam os seus tribunais, ou ficaram com categoria inferior, tem pouco mais que 2000 habitantes, etc. Digam-me la se isto e que deve ser uma cidade?

Ja no que toca a vilas, vou agora referir-me a minha: Fornos de Algodres, estou convicto de que para ser uma terra com prestigio, seja ela cidade ou vila deve pautar-se por algumas coisas basicas. Por isso vou enumerar algumas coisas que se deveriam fazer na vila de Fornos, para dessa forma poder passar a considerar-se uma vila media e nao continuar a ser uma vila-aldeia, como ja algumas pessoas escreveram.

- Toponomia; Existem contruidas ha ja para cima de dez anos, varias ruas e avenidas na chamada Zona Sul e no Bairro das Capelas, ha muito a necessitar de que lhe deem um nome. Queria sugerir nesta area, que os toponimos dados a essas arterias, reflectissem personalidades concelhias ou de alguma forma ligadas ao concelho, que para nao causar embaracos devem ser ja falecidas, ou entao figuras nacionais. Quando isso for feito nao esquecer tambem a colocacao de numeros de policia.

- Placas identificativas; Deveriam ser colocadas uma a seguir a curva de Peromoniz e outra ao Linheiro porque e ai realmente comeca a vila, outra deveria ser colocada antes da rotunda da Quinta do Alemao, vindo da A25.

- Para alem do mercado passar a ser pelo menos semanal como ja sugeri, deveria continuar a ter cinema, como ja teve e tambem ter uma agenda, com outro tipo de espectaculos culturais, pois se nada disso se faz, para que serve o auditorio da APSCDFA, (que nome comprido, por isso coloquei so as iniciais) inaugurado a poucos anos.

Virei outro dia dar mais algumas dicas, por agora chega.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Ideias para "FORNOS" III

Deixando de lado a parte turistica, coisa a que voltarei brevemente, vou hoje debrucar-me a uma area que ja em tempos aflorei noutros "sitios".

Li ha algum tempo num "blog" humuristico, uma anedota que supostamente foi proferida pelo poeta Bocage, (e tudo atribuido a ele) que era mais ou menos assim: Perguntava um individuo a outro, entao para onde vais? Vou para Fornos de Algodres. Porque? "Porque e uma terra muito saudavel, tao saudavel que para inaugurarem o cemiterio, tiveram que matar uma pessoa!"

Isto ate tem uma certa graca e tem muito de verdade, felizmente por ca consegue-se atingir idades avancadas; ainda ate a pouco tempo ca residia o homem mais idoso de Portugal. No entanto nao conheco nenhum registo de morte para inaugurar o cemiterio. Mas de facto, temos ares saudaveis e despoluidos e tambem um micro-clima excelente.

Ora o tema que queria aflorar e o das residencias para gente da terceira idade "vulgo velhos". Todos sabemos que a quantide de gente reformada (ou retirada da vida activa, como mais propriamente se identifica neste pais onde resido) e ja grande e com tendencia a aumentar, em tempos proximos e por muitos anos. Tambem e sabido que tem havido algum investimento nesta area. Mas o que eu proponho e a construcao, ou melhor ainda a reconstrucao de edificios ja existentes, dedicados a ser residencia ou lares de qualidade media-superior para gente de mais posses financeiras.
Isso iria trazer dinheiro a nossa regiao, iria criar trabalhos para gente jovem qualificada e fixar residentes nas nossas terras.

Podemos oferecer belezas naturais, sossego, historia, bons ares saudaveis e despoluidos, o excelente micro-clima da nossa terra quente e as boas para nao dizer excelentes, ligacoes ferroviarias e rodoviarias, para um investimento de retorno garantido e duradoiro.

A camara municipal deveria "promover" este tipo de investimento e ajudar desborucratizando e ajudando tecnicamente neste tipo de projectos, com eles potenciando a restauracao de predios ou quintas abandonadas (ou quase) por exemplo.
Sou de opiniao que o papel das autarquias, e muito mais criar condicoes para o desenvolvimento, com investimentos de qualidade para proporcionar empregos, do que elas proprias serem o empregador-mor, dos pequenos concelhos como o nosso.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Fornos de Algodres - Ideias II

Como tenho que comecar por algo, hoje vou dar algumas ideias que a ser implementadas, poderiam complementar muito do que a autarquia tem feito, (e muito mais poderia fazer) para promover turistica e comercialmente o nosso municipio.

Primeiramente e porque a primeira impressao e a mais importante, teria que se investir mais na forma de como os estabelecimentos e organismos (poucos com qualidade) deveriam postar-se no atendimento ao publico.

- Posto de turismo; Aberto todos os dias (sem excepcao) e com horarios alargados especialmente no verao, em dias de efemeride, sabados e domingos, podendo ate abrir menos horas diarias, sendo elas mais de acordo com a possivel visita de turistas e nao necessariamente horario de funcionario publico.

- CHIAFA - Museu arqueologico; Idem, aspas, aspas....

- Comercio de restauracao e cafes; Horarios liberais mas com abertura aos sabados e domingos, podendo ate entre os varios da zona central, haver algum entendimento para uns abrirem uns dias uns, outros dias outros. Parte destas iniciativas podiam e deviam partir da associacao de comerciantes, mas devia ter sempre a abertura e enquadramento da camara.

- Comercio geral; Uma das maneiras de trazer gente ate a vila das povoacoes vizinhas e nao so, e portanto proporcionar vida e negocios, era uma abertura do comercio em geral com horarios liberais, havendo necessariamente aberturas aos sabados e domingos. (sei que a medida pode ser polemica e que ao principio nao tera muitos aderentes, mas quando comecarem a ver a diferenca em negocio, outros abriram e sera bom para todos, esta medida podera potenciar alguns empregos extra. Alem disso nao faz sentido nenhum, termos que deslocar-nos a uma freguesia de um concelho proximo quando e necessario algo a um sabado a tarde ou domingo.)

- Feira-mercado; em minha humilde opiniao ja ha muito tempo que o mercado quizenal deveria ter passado a semanal, embora e principalmente a feira do queijo, (que cada vez tem menos vendedores) continua-se a ser quinzenal, o mercado deveria ser semanal, ou ate duas ou trez vezes por semana. Com isto haveria um incentivo tal como acontece em terras vizinhas para a re-ativacao das hortas, e a venda de productos frescos, que teriam e deveriam ser organicos, seria uma fonte de receita tanto para os pequenos agricultores, como para a camara. (mas nisto e em principio, a camara teria que ser generosa e dar acesso livre e graciosamente, para incentivar estes negocios).

Por hoje fico-me por aqui, para dar aos possiveis leitores e ate quem sabe aos possiveis modificadores de situacao, tempo para digerirem as minhas ideias que ate nao sao novas, mas que parece que precisamente por serem antigas, ja cairam no olvido.

sábado, novembro 04, 2006

Que futuro para "FORNOS" I

Li ha dias com alguma apreencao, uma fraze que foi proferida pelo vice-presidente da autarquia fornense, que foi a seguinte: ..." se poderes viver na vila nas vivas na aldeia, se poderes viver na cidade nao vivas na vila"....
Noto nesta afirmacao muito derrotismo, muito desalento e pouca vontade se lutar contra as adversidades.

Porque tera sido que o municipio de Fornos de Algodres, em cinquenta anos perdeu mais de metade da sua populacao?
Eu e todos os la nasceram e residem sabem muito bem, porque enquanto durante mais de duas decadas concelhos nossos vizinhos se desenvolveram e progrediram, o nosso deixou-se continuar a viver debaixo de glorias bacocas e passadas, de suas casas brasonadas e das suas gentes, que sendo as donas da propriedade, nunca nada fizeram e ate atrapalharam quem queria fazer.

Foi necessaria uma pequena revolucao dentro do partido de governo municipal, (o mesmo ha mais de tres decadas) para e muito devagar quase parando, se comecar a lutar contra esse "status quo", que ainda hoje ha gente que pretendo continuar.

Felizmente nestes ultimos dez anos, la se conseguiu inverter essa tendencia. Hoje sera talvez um dos municipios distritais, em que as pessoas tem melhores condicoes para viver. As freguesias tem agua (nao muito boa no verao) e saneamento basico, todas as aldeias tem boas estradas, existem electrificacoes ate em quintas desabitadas, na vila ha novas ruas e avenidas com bons predios e equipamentos de servicos, modernos e funcionais, temos uma ETAR e com ela se proteje melhor o nosso rio (o Mondego). Mas nao temos isso nao, e trabalhos para os nossos jovens, pois o municipio nao pode continuar a ser o maior empregador e a quase unica oportunidade, de trabalho concelhio.

Para que nos servem ter-mos bons servicos, se nao houver gente para os disfrutar?
Eu pela minha parte dispensava bem, uma rede de saneamento basico na minha aldeia natal, (cerca de noventa habitantes) por trabalhos para os seus residentes e das outras terras vizinhas, pelas redondezas. Entao quando ela estivesse novamente habitada, entao sim dota-la das necessarias comodidades.

Sei e louvo o esforco financeiro, que o municipio tem feito na promocao arqueologica e historia com vista a um turismo que se deseja, mas sera que e suficente? eu penso que nao, entretanto vamos perdendo gente e com ela ideias, ate o comboio perdemos literalmente falando.

Seguidamente irei referir-me a algumas ideias, (creio que boas) que me tem surgindo, para que nao digam que o meu discurso e unicamente derrotista, pois embora ja velho, de derrotista nao tenho nada e continuo a ver o copo meio cheio.