domingo, junho 18, 2017

Os Incêndios, o luto, e uma solução! (Talvez a unica)!

A desvantagem ou a vantagem, de ter mais 6 dezenas de anos, (as mesmas das actuais vítimas mortais) é o facto de me lembrar dos tempos em que os incêndios florestais, (sempre os houve) se combatiam maioritariamente por populares, (porque os havia, as aldeias tinham gente) e na maioria das vezes, os bombeiros quando chegavam já só faziam o rescaldo!
Agora não é assim porquê? Porque cada vez há menos gente, a que há é cada vez menos solidária, e porque devido a conjunturas em que a terra foi abandonada, há cada vez mais mato e florestas cerradas, muitas vezes impossíveis de penetrar, com incêndios como estes que vitimaram tantos dos nossos!
O que a porcaria dos políticos que temos tido, desde a bendita democracia tem feito, é meter dinheiro no combate, e, encher os bolsos de uns poucos,  com os negócios dos combates aos incêndios florestais!
Como se os incêndios florestais, com florestas como as nossas e com dois meses de seca, se combatessem com água!
Falamos há décadas demais com prevenção, mas para realmente resolver os problemas, não vejo nenhum político apresentar nenhuma medida concreta nessa área.
Senão vejamos, quem pode obrigar um velho a viver da segurança social, a gastar dinheiro que não tem, para limpar uma pequena mata, de que ele não tira proveito nenhum?
Como pode um proprietário consciente, que tem o terreno em volta de sua casa limpo, obrigar o vizinho inconsciente, ou até ausente, a limpar o seu?
Como pode o Estado o primeiro incumpridor, obrigar ou outros a cumprir as leis, que diligentemente, época de incêndios uma atrás outra, vai pondo no papel?
Como se não limpa ou se pode obrigar a limpar as florestas, só há uma solução, (digo eu) deixar as florestas aos seus donos, e dedicar os recursos a salvar gente e habitações!
E como fazê-lo? Investir nos sapadores florestais, que teriam quer ser ou camarários ou das próprias corporações bombeiros, (retirando possiveis lucros a uns quantos chicos espertos) e com a dimensão de acordo o território municipal.
Trabalharem todo o ano, mantendo realmente as verdadeiras zonas de protecção, em redor de todas as moradias e junto a todas às vias de comunicação. Teriam que ter poderes para entrar em qualquer propriedade, tanto para desmatar, como para deitar abaixo todas as árvores que estivessem dentro dessas áreas de protecção.
Com medidas destas eliminavam-se grandes interesses, e dava-se trabalho fixo a muita gente nas áreas rurais, promovendo até o repovoamento de territórios a necessitar de trabalhos (ou empregos) para tanta gente!
No final provávelmente até se gastaria menos todos os anos!
Quanto às florestas e seus proprietários, que as limpassem, que contractassem eles meios de defesa e combate em conjunto, ou que as deixassem arder!
Não pode uma Pátria inteira, continuar a dispender tempo, dinheiro, e principalmente vidas humanas, e depois deitar as culpas, para os foguetes, para os incendiários (muitos presos múltiplas vezes) ou para trovoadas secas!

BASTA DE INCOMPETÊNCIA, POLÍTICOS DA MINHA PÁTRIA!!!

sexta-feira, junho 02, 2017

DATAS (mais ou menos) REDONDAS!

                             

Neste ano da graça de 2017, acontecem no nosso municipio e vila de Fornos de Algodres, algumas datas mais ou menos redondas, que muito significado têm para  nossa terra.

São os 740 anos da "Lide de Fornos de Algodres", combate medieval que aconteceu entre as familias Tavares e Cambra, e involveu os Melo, Pacheco, Correia e os Soveral de Algodres. Com combates documentados em Fornos de Algodres e em Pinheiro de Tavares, junto a Ramirão, que aconteceram em 1277.

Também se completam 707 anos, do foral a Fornos de Algodres, concedido por D. Dinis em 28 de Maio de 1310. (Um ano anterior ao de Algodres)

Os 520 anos da confirmação por D. Manuel I, do foral de D. Dinis a Fornos de Algodres (foral novo) que aconteceu em 24 de Agosto de 1497. (Também bastante anterior ao de Algodres)

E os 180 anos, da transferência para a vila de Fornos de Algodres da sede do concelho D'Algodres, que tinha sido criado com a extinção,  dos antigos concelhos de Fornos de Algodres, Figueiró da Granja, Infias, Matança, Casal do Monte e Penaverde, em 6 de Novembro de 1836.
Esta transferência da sede concelhia, efectivou-se pelo decrecto de 12 de Junho de 1837.

Todas estas efemérides por si só mostram, que embora Algodres seja muito mais antiga, desde cedo Fornos de Algodres, (a vila) por ser mais povoada e mais bem localizada, (embora não central) atingiu mais importância.

Eu que gosto muito de história, e que creio que para gostarmos de nós, devemos gostar de saber de onde viemos, ficaria muito contente se quem de direito também gostasse.

segunda-feira, janeiro 30, 2017

O QUEIJO SERRA DA ESTRELA, e a Terra de Algodres!


Quase todos os anos por esta altura, refiro-me a este producto de eleição da nossa região, mas sem duvida nenhuma, a principal "bandeira" do Município de Fornos de Algodres, em minha humilde opinião. Embora haja sempre quem discorde.
Os lacticínios dos nossas ovelhas "bordaleiras", "churras" e "merinas mondegueiras", (embora cada vez mais, só das primeiras) encontram origens nos mais antigos tempos do povoamento conhecido, de mais de 6000 anos no nosso território.
Foram encontrados e datados, vestígios de leite fe6rmentado em vasilhas de barro, nas nossas antas, principalmente na Anta das Corgas da Matança. Que provam sem duvidas nenhumas, que os nossos antepassados do neolítico, já faziam e consumiam queijo, ou algo parecido com o nosso queijo actual.
Sabe-se e isso é referido em várias fontes, que os romanos que colonizaram também a nossa Terra de Algodres, onde deixaram muitos vestígios ainda hoje visitáveis, foram provavelmente quem terá depois da  implementação da "pax romana", agricultado os nossos vales e organizadamente, criado os primeiros rebanhos de ovelhas e cabras, potenciando a feitura do queijo, e a criação dos nossos saborosos "cordeiros"!
E embora tenha só sido, depois da construção da linha de caminho de ferro da Beira Alta  (finais do século XIX) que o nosso Queijo da Serra, tenha passado a ser conhecido no litoral da nossa Pátria, na nossa região era conhecido e vendido nas várias feiras regionais.
O próprio Gil Vicente, que provavelmente nasceu em Guimarães de Tavares, que fica a poucos quilómetros de Fornos de Algodres, refere num dos seus "autos", o "queijo comprado na feira de Trancoso"!
Mas como referi foi o caminho de ferro, que proporcionou um transporte mais rápido, potenciou a produção e comercialização do nosso queijo, e foi nas feiras mais junto à Linha da Beira Alta, onde o queijo passou a ser rei do comércio.
Porque embora o nosso queijo de ovelha, tenha o nome de "Serra" e ultimamente o de "Serra da Estrela", o berço natural e ancestral da sua produção, sempre foi e continua a ser, o vale de Alto Mondego e os vales rios e das ribeiras tributantes.
Portanto e digam o que disserem, e, embora a região demarcada, seja muito mais abrangente, as maiores e mais antigas feiras do Queijo da Serra, onde os "Barreiros" e os "Garcia" (grandes armazenistas e comerciantes lisboetas) vinham negociar o melhor queijo, sempre foram a de Fornos de Algodres, da Carrapichana, e de Celorico da Beira!
Mas Fornos desde o século XIX, sempre foi a maior, não porque o nosso concelho fosse maior que o de Celorico,  mas porque o nosso queijo, sempre foi reconhecido como do melhor, era aqui onde se conseguiam os melhores preços. Pelo que os nossos vizinhos de Penalva do Castelo, de Aguiar da Beira, Mangualde, Trancoso, Gouveia e até de Celorico da Beira aqui o vinham vender, pois sempre conseguiam um melhor preço!
Tudo assim continuou, até aos anos 80 do século passado, quando se iniciaram as várias feiras/concurso do Queijo da Serra, nos vários concelhos da região demarcada.
A primeira destas em Fornos de Algodres foi realizada em 1981, e creio que foi a primeira ou das primeiras!
Em minha humilde opinião, bem podíamos realizar na nossa "Terra d'Algodres", uma toda semana, dedicada à "Arqueologia e ao Queijo Serra da Estrela"!

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Por Fornos de Algodres, "Ano Novo Vida Nova"!



Iniciou-se um novo ano civil, nas nossas latitudes e sociedades "cristãs", o de 2017.
Pela minha querida terra de Algodres, inicia-se da melhor forma, com o nascimento de uma nova menina; a primeira nascida no ainda Distrito da Guarda, e daqui deste humilde fórum, quero expressar os meus parabéns aos seus pais, e desejar-lhe a ela um futuro em tudo risonho!
Mas este novo ano também volta a trazer, a esta antiga e linda terra, alguns poucos mas mesmo assim importantes, motivos de esperança, ao contrário do que tem acontecido até há muito pouco tempo.
No dia 2 deste Janeiro vai reabrir a nossa "Casa da Justiça", que nunca devia ter encerrado. E aqui apresento, os meus agradecimentos a Senhora Ministro da Justiça, natural da terra onde me fiz homem, e como nós dizemos na nossa Beira um grande "bem haja".
Também neste 2017, ainda não sei a data, vai abrir num lindo e moderno edifício, (parabéns ao arquitecto) a Caixa de Crédito Agrícola; uma instituição bancária que ao contrário de outras, continua e bem, a apostar e a acreditar no nosso Município. Pelo que também o meu bem hajam.
Tenho esperança que o pior já tenha passado, até porque felizmente sou daqueles, que sempre vêm, "o copo meio cheio", pelo que espero mais coisas novas e boas!

Também neste mês se completam 11 anos de "escrevinhadelas", no blogue "AQUI D'ALGODRES, deste que embora ausente, têm a sua terra no coração e que não admite, que alguém goste mais dela, que ele!