sexta-feira, maio 23, 2008

"Terras de Pao"!!!

NA BEIRA ALTA, GUARDA FELIZ,
TERRA RISONHA, LINDA E MATIZ.
RIOS E LEIRAS, TERRAS DE PAO,
OIRO NAS EIRAS AO SOL DE VERAO!

Nas minhas mais de cinco dezenas de anos, tenho assistido a mudancas radicais nas nossas terras mais altas. Uma destas mudancas foi termos deixado de ser productores de cereais!
A quadra de uma cancao (creio que dos anos sessenta) que apresento acima, reflete aquela antiga realidade!
Ora com os aumentos enormes que os cereais tem atingido e, com o abaixamento de "stocks" destes productos a nivel mundial, devido ao facto dos asiaticos terem comecado a comer mais e melhor. Nao sera outra vez rentavel, o cultivo de cereais em tantas terras presentemente incultas, na nossa Beira?

14 comentários:

Anónimo disse...

José Miranda, de Fornos de Algodres, é um dos edis mencionados pelo jornal "Público"

Presidentes das Câmaras de Castelo Branco, Fundão, Fornos de Algodres e Gouveia estão entre os que mais rendimentos declararam
Autarcas não se governam nada mal
As declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional (TC) dos 308 autarcas portugueses revelam que a maioria não é especialmente rica. Ainda assim, e segundo concluiu a edição da última segunda-feira do jornal "Público", a maioria dos presidentes de Câmara não vive nada mal. Na região, destacam-se, sobretudo, os edis de Castelo Branco, Fundão, Fornos de Algodres e Gouveia.
No total, 11 autarcas declararam poupanças superiores a 500 mil euros. Isto sem contar com investimentos em empresas, imóveis e veículos. Ainda no topo da tabela, figuram 18 presidentes de Câmara que declararam, em 2007, rendimentos brutos para efeitos de IRS superiores a 100 mil euros, enquanto dois ultrapassaram mesmo os 200 mil.
Com um total de poupanças superior a 1,1 milhões de euros, o presidente de Câmara mais "abastado" é Armindo Costa (PSD), edil de Vila Nova de Famalicão e dono de oito empresas em Portugal, Brasil e Cabo Verde. Contudo, entre os 10 mais ricos – com montantes superiores a 500 mil euros - não figura nenhum edil da região, pelo menos a avaliar pelas contas a prazo e aplicações financeiras.
Já se o que for tido em conta forem os rendimentos declarados em sede de IRS (trabalho dependente e independente, rendimentos comerciais e industriais, agrícolas, de capitais, prediais, mais-valias, pensões e outros), quem ocupa o primeiro lugar do pódio é Fernando Reis, de Barcelos (PSD), médico e empresário de 59 anos e detentor de uma simpática "conta" da ordem dos 610 mil euros (relativos a 2005). Em segundo lugar figura o presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão (PS), bancário, 63 anos, que em 2005 declarou 179.533 euros de trabalho dependente e 43.264 euros de pensões.
Com rendimentos totais declarados entre os 100 e os 200 mil euros, os arquivos do TC permitem identificar (relativamente às últimas declarações entradas até Janeiro deste ano) os autarcas de Viseu (PSD), Fundão (PSD), Fornos de Algodres (PSD) e Gouveia (PSD).
O diário destaca, por outro lado, que 20 presidentes de Câmara declararam ao TC que são sócios de empresas de construção civil, projectos de planeamento, promoção imobiliária e compra e venda de propriedades. Sem contar os casos em que os edis cederam a familiares ou antigos sócios as quotas que possuíam em empresas desses ramos antes de assumirem as suas funções – como é o caso de Joaquim Valente, presidente da Câmara da Guarda – têm interesses relacionados com a construção um leque grande de autarcas, entre os quais o de Trancoso, Júlio Sarmento. Já no que diz respeito à área da Comunicação Social, o nome de João Mourato, da Mêda, aparece referido, por deter quotas numa empresa proprietária de uma rádio local.
……..COMO É BOM VIVER EM FORNOS DE ALGODRES e em outros locais deste jardim Português….
(façam contas e verão… por exemplo cerca de 3400 contos mês ganha o de Fornos de Algodres.)

Amaral disse...

Al Cardoso
Devia ser retomada a sementeira de cereais nas nossas terras, mas os grandes grupos açambarcam tudo e os pequenos produtores não têm ajudas. Assim sendo, nada feito.
Bom fim-de-semana
Abraço

Anónimo disse...

Não sei se é rentável ou não! Entendo a opinião do moderador, no entanto acho que a nossa região deve apostar em produção de bens para os quais tem melhores potencialidades e que são quanto a mim o queijo, o azeite e os derivados destes. Diversificar a produção não me parece ser a melhor solução. Falo em "diversificação" pois nestes espaços já li sugestões para o cultivo de inúmeros produtos na região. As nossas terras não são propriamente as lezírias ribatejanas onde quase tudo se pode cultivar.
Quanto às ajudas ..... estou farto de ver plantações agrícolas transformadas em Jipes, Mercedes e Casas de Praia.

Anónimo disse...

Numa zona como a nossa onde impera, por razões históricas e sócio-culturais, a policultura, onde uma hectare pode estar dividido em dezenas de parcelas (hortas),seria difícil implementar um cultura deste tipo, o mesmo não quer dizer que não se fizesse.Para tal acontecer teria que se criar, como já aqui vi referido neste blogue, as tais associações de agricultores, só assim, com todos a trabalhar para o mesmo objectivo, se conseguiria rentabilizar tal cultura agrícola.
Um abraço.

João Paulo Lopes Clemente disse...

Caro Al.
O associativismo é a chave para que os nossos campos sejam cultivados e tenham algum retorno económico. É esta cultura do associativismo que ainda vai faltando.
Um bom fim de semana

Magno disse...

Na nossa querida beira predomina o minifundio, a solução a meu ver resume - se ao Emparcelamento, ou seja a junção de várias parcelas de diferentes proprietários numa só, passando a ser cultivada por uma única entidade associada a outros. O emparcelamento tem como objectivos e intensificação do uso da máquina, o aumento da produtividade e a especialização de culturas.
Tudo isto só é possivel se EXISTIR ASSOCIATIVISMO, E DEIXARMOS PARA TRÁS INVEJA, E CONCORRÊNCIA BACOCA ENTRE PEQUENOS PROPRIETÁRIOS.
ABRAÇO,
Magno.

Tozé Franco disse...

Com a subidas dos preços estou convencido que, amis tarde ou mais cedo, vamos assistir a um retorno à agricultura. A ver vamos se o erpírito individualista dos portugueses vai permitir algum emparcelamento.
Um abraço.

eddy disse...

Caro al

como o mundo caminha...não sei se não iremos regressar aos campos para os cultivar e assim podermos comer. todas estas oscilações apenas interessam aos afamados "grandes" grupos economicos e isto é como uma bola de neve, tudo se está a desmoronar, a hecatombe de uma nova era de fome é cada vez mais uma realidade...

um abraço e uma boa semana

Anónimo disse...

A crise dos cereais vai ser séria, de braço dado com a do petróleo, mas mesmo assim duvido da perspectiva dum regresso ao cultivo destes cereais em Portugal, embora reconheça que a sua ideia é justa e merece reflexão. Mas creio que os governos e os povos não estão para aí virados. Se a crise durar dois anos, será uma catástrofe mundial com contornos dramáticos em tempo de abastança. Boa semana com tudo de bom.

a d´almeida nunes disse...

Já nem sei que diga.
Deixámo-nos enredar de tal maneira na teia dos especuladores financeiros que o Mundo está nas suas mãos. Estamos reféns desses grupos e se alguém poderia em Portugal, por exemplo, fazer alguma coisa, pertence já a uma casta de privilegiados de tal modo acomodados nos poleiros que não sei se à bicada lhes poderíamos exigir que trabalhassem em prol dos pobres, menos pobres mas também pobres e os pobres cada vez mais pobres da classe média (a de outros tempos que não a actual, onde está ela?).
Um abraço AL
António

CMatos disse...

Um dia destes, vamos todos ter de nos virar para a agricultura... da maneira que isto está!
Mas para já, a única "coisa" rentável é a Galp...
Bom fim de semana.

Susana Júlio disse...

Um apoio aos agricultores e que de facto fosse concretizado na questão do cultivo...há imensas terras ao abandono, por cultivar...desde pequenita que passo as férias numa aldeia perto de Chãs de Tavares. Cresci a ver as terras da minha avó cultivadas e bonitas. Porém, ela agora já não o pode fazer. As pessoas da aldeia já não se "ligam" às terras e procuram todas trabalhos nas vilas e cidades...desta última vez que lá estive quase chorei ao ver que não consegui sequer chegar perto d euma das terras da minha avó devido ao caminho estar intrasitável...cheio de silvas e ervas altas. Tudo devotado ao abandono...é lamentável...

A. João Soares disse...

Nasci e cresci um pouco a Leste de Viseu e conheço relativamente bem a Beira alta e todo o País. A agricultura precisa de terrenos sem muitas ondulações nem declives acentuados e bom solo com água. Em Portugal, principalmente nas serras das Beiras e de Além Douro não tem boas condições para uma agricultura rentável, assente na mecanização.
São poucos os terrenos que a permitem. Isso não impede que se faça uma agricultura de pequena escala para alimentar a família e vender ao mercado nacional, principalmente como actividade secundária, nos intervalos da profissão básica.
É preciso escolher os produtos que mais se coadunem com uma agricultura possível nas condições locais.
Abraços
A. João Soares

ANTONIO DELGADO disse...

Infelizmente a agricultura portuguesa parece que foi toda delapidada a subsidios comunitários, transformou esta actividade em casas com piscinas e gipes de todo o terreno como alguém referiu acima. Mas estou de acordo com aquilo que afirmou a amigo A.Joao Sores sobre o problema de escala e horografia. E a ideia de agricultura familiar pode ser uma verdadeira soluçao...em muitos paises desenvolvidos faz-se e com excelentes resultados.

Um abraço
António Delgado