Pelo que tenho visto e ouvido, a crise dos combustivies (e nao so) veio para ficar, pelo que a unica opcao que nos resta e adaptarmo-nos.
Na medida do possivel ja a tempos que me adaptei, tomando a resolucao de residir junto do meu posto de trabalho, lutando ate contra vontades familiares, para me mudar para mais longe, noutros tempos de menor crise!
Tenho constactado que no meu municipio "D'Algodres", uma grande maioria dos trabalhadores, municipais, bancarios, professores e outros profissionais, so tem o seu emprego na minha terra, pois as suas residencias, sao na sua maioria nas cidades de Viseu e da Guarda!
Bem sei que nas cidades existe muito mais vida nocturna, social e ate comercial, que existem mais opcoes educacionais, etc, etc!
Mas se todos quantos trabalham no nosso concelho ca tivessem a sua residencia, provavelmente voltariam a ser rentaveis as seccoes de cinema, que foram iniciadas aquando da inauguracao do "cine auditorio". Haveria oportunidade para mais actividade teatral, haveria clientela para um novo supermercado moderno, haveriam mais oportunidades para mais oferta de restauracao, ja haveria possibilidade para a realizacao de mercado diario, com frutas frescas, legumes e peixe!
Talvez quem saiba esta crise de combustiveis, ate seja boa para fazer reflectir muita gente e para os fazer tomar a decisao certa; residirem junto dos postos de trabalho!
A carteira no final do mes teria decerto mais uns euritos, que nestes tempos de crise fazem sempre bastante falta!
Pensem e reflitam nisto!
16 comentários:
Caro Al. Cardoso:
Infelizmente, tem toda a razão. Eu sou daqueles que tenho de fazer 100 Km diários desde a minha residência actual até ao meu posto de trabalho. Como eu sei o que é deixar uma dezenas de euros na estrada!
Um abraço amigo
Al Cardoso
Faço minhas as palavras do João paulo. Como professor não me posso dar a esse "luxo".
Infelizmente.
Boa semana
Abraço
O Presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis recomenda a compra de uma bicicleta.
http://diario.iol.pt/economia/combustiveis-filas-portugal-postos-anarec/961393-4\
058.html
Saiba como utilizar a bicicleta na cidade:
http://bicicletanacidade.blogspot.com/
http://100diasdebicicletaemlisboa.blogspot.com/
Amigo, acabei de te enviar um e-mail.
Abraço!
A meu ver, trabalhar perto de casa seria um bom motivo para as pessoas deixarem o carro à porta de casa.
Poupa - se o ambiente, a carteira, e exercita - se o corpo.
No caso da Vila de Fornos de Algodres, o eixo da Nacional 16, é aquele que absorve maior mão de obra, onde se encontra o comércio e os serviços.
Outra sugestão, seria criar uma ciclovia na estrada municipal, que ligasse Algodres à Fraga da Pena!!
Com miradouros, bebedores, e placas turiscas a indicar onde se situam alguns aspectos do roteiro aqueológico.
Quanto à crise dos combustíveis, já aqui afirmei, Fornos pode em muitos exemplos produzir energia: Energia éolica, biomassa.
Abraço,
Magno.
Trabalho perto de casa...quer dizer, a uns vinte minutos mas até vou de autocarro...infelizmente na minha profissão não dá para escolher uma escola perto de casa (e até tenho aqui uma...mas é assim). Partilho, no entanto, a 100% desta perspectiva aqui apresentada!
Mais uma vez saímos penalizados em relação ao litoral! Mesmo quem queira deixar de utilizar o automóvel,a única alternativa é mesmo a bicicleta , pois transportes publicos nem vê-los!
Nota: Já se encontra on-line o novo site da freguesia de Infias, façam-nos uma visita!
www.freguesiadeinfias.com
Abraço
Ola amigo Al-Cardoso faz bastante tempo que nao passo por este blog de referencia na defesa de uma terra do interior e seus interesses. Estou plenamente de acordo consigo nas ideis que podem levar a fixar pessoas num determinado espaço, neste caso Algodres. Infelizmente nao tem sido o caminho que aponta a vontade dos nossos politicos. Eles deveriam de criar espaçoes humanos onde as pessoas tenham essas condiçoes que aponta para se fixarem sobretudo em pequenos e medios meios urbanos, na escala humana de Portugal. As pessoas nao podem ter só a vontade, os poderes publicos devem de proporcionar condiçoes para que as vontades se possam desenvolver. Talvez deste modo se conseguisse uma sociedade mais sustentada e mais planificada com as devidas compensaçoes para todos, quer a nivel economico, social, cultural e sobretudo emocional...suponho que a nossa sociedade, a portuguesa em geral, e a algodrense em particular seriam muito mais felizes. No meu caso tenho de fazer um longo percurso para exercer a minha profissao.
Um abraço
António
A nossa economia recente foi edificada no consumo e no consumismo. Não tem bases sólidas, não tem aparelho produtivo, não tem indústria digna desse nome, não tem uma agricultura moderna, enferma de todo. Assim, não é possível resistir à crise do dólar, crise do petróleo, e à crise dos cereais que ainda cá não chegou, mas vai chegar em cheio. Temos muitos pés de barros e vivemos acima das nossas possibilidades... Vêm aí tempos negros e de vacas magras... Boa semana com tudo de bom.
Um óptimo tema completado por bons comentários. Qualquer crise dá oportunidade para alterar rotinas menos lógicas. Acrescento que na falta de transportes públicos as pessoas que fazem trajectos semelhantes se aliem na partilha dos carros. Em vez de 20 carros com uma pessoa cada, bastavam 4 carros com lotação completa. Depois combinavam ou a alternância ou a cotização das despesas.
Outra ideia que poderá sair desta crise será, para muitas actividades, o trabalho em casa, pela Internet. Há muito trabalho de secretaria que pode ser feito em casa. Recebe-se a ordem por e-mail, faz-se o parecer ou a correspondência que se envia ao chefe que manda imprimi, assina e manda para o correio...
Temos que pôr o criatividade a funcionar.
Abraços
A. João Soares
Amigo AL;
Tenho a sorte de trabalhar em casa e de só precisar, pontualmente, do carro, mas os meus filhos têm uma despesa considerável com combustível porque é muito complicado - difícil mesmo - transportar bebés e a respectiva 'bagagem' nos transportes públicos apinhados.
Um abraço e as nossas saudações monárquicas.
I.
Não tenho quaiquer hipóteses de ir para o trabalho sem ser de carro. Nos últimos tempos tenho é partilhado mais o transporte com a minha esposa que ainda está mais longe.
Espero para o mês que vem, mudar de casa e ir para cerca de 2Km do trabalho.
Um abraço
sobre este assunto dos combustiveis veja este post: http://barbeariadomirra.blogspot.com/2008/04/o-pitrol-t-caro.html
Achei engraçado
Pois é,amigo Al.
Eu também me posso dar ao luxo de fazer a minha vida diária,sem utilizar o carro.
Claro que isso tem "outros" custos.
Acredite numa coisa:fora da capital,é quase impossível trabalhar recorrendo a transportes públicos.
Também sei que na capital é difícil,mas o grau de dificuldade não se compara à impossibilidade,teórica e prática,das outras cidades.
Os preços dos "públicos" também não:os de Lisboa e do Porto são financiados pelo OGE e os outros somos nós que pagamos,para além de contribuirmos para o tal OGE!
Na minha cidadezita,e tem testemunhos nesta página,para a maioria é impossível trabalhar,sem recorrer ao seu próprio carro.
Agora,compare o preço dos combustíveis em Portugal e nos EUA(nós,pobres,também pagamos isso).
Um abraço.
Muito bem visto, Al
A questão é que andámos demasiado tempo a deixarmo-nos ludibriar pelos senhores do petróleo.
Agora, que com muitas probabilidades, essa fonte de riqueza (para uns quantos) se encaminha para a exaustão (parece que a passos largos) é um fartar vilanagem, enquanto a coisa dá.
Porque é que não deixaram avançar com mais rapidez as soluções alternativas ao petróleo, que sempre as houve, a partir de há mais de 15 anos a esta parte?
Punham os projectos, abafados à força de milhões, na gaveta e convenceram-nos que nunca seríamos confrontados com a situação actual.
E, claro, os Estados aproveitaram esta fonte de receita astronómica. Que tem sido feito desse dinheiro? Para pagar mordomias? Só se foi para isso.
Depois admiremo-nos do dilema em que nos estão a colocar.
Um abraço amigo
António
Amigo Al
concordo plenamente consigo, crise também pode ser sinonimo de outras perspectivas...pois, depois de uma grande tempestade, vem sempre a calma...
um abraço desde a remota Beira Baixa
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