Há varias razoes para isto, mas a principal e sem duvida o despovoamento do nosso município, para alem desta, há também a grande diferença, entre o que e a população ainda existente, pois deixou de ser um concelho essencialmente agrícola, para se transformar num município de serviços, e ate esses cada vez menos!
Muito se tem falado no retorno a terra (refiro-me a agricultura) e, ate o presidente, desta triste republica, a isso se referiu, no passado 10 de Junho. Mas para se voltar para a terra, não pode ser nos moldes ancestrais, e, que, alguns mais resistentes ainda usam. Pois não se pode voltar para a terra para perder dinheiro, e, se não houver, quem compre os produtos agricultados!
E porque me refiro a agricultura, para falar na nossa feira, porque nos tempos em que era uma grande feira, era devido ao dinamismo agrícola das nossas gentes.
Ora como se não pode mudar o mundo, temos que mudar com ele, se e que queremos que ainda haja algum futuro, para a nossa feira e nossa terra!
Ouvi varias opiniões e varias ideias, da nossa gente e, isto que vou apresentar, não são ideias somente minhas, pelo que não quero nem credito por elas, nem o titulo de "sumidade", que já me apresentaram no passado!
Gostaria portanto, e, já que a feira, realizada as segundas-feiras, não tem grandes compradores que se mudasse o dia dela; porque não a um Sábado ou Domingo de manha?
Adoraria também, que embora a "Feira" em si continua-se quinzenal, se realiza-se semanalmente um mercado agrícola, onde se pudessem escoar os produtos agrícolas de época!
Bem sei que algumas mudanças, por vezes não são muito bem aceites, por parte das pessoas habituadas aos costumes antigos, pois algo deste género, iria fazer mudar algumas coisas, como horário de funcionários e outros. Mas ate seria uma forma das pessoas comprando ou vendendo, se deslocassem a vila nos fins de semana, dando assim algum movimento e negocio, ao comercio e a vila.
E uma pena, que milhares de euros investidos, na reconversão do nosso mercado municipal,
Uma vista aérea parcial de Fornos de Algodres, com o mercado municipal ao fundo! |
15 comentários:
A vida é mesmo difícil para o interior despovoado.As Câmaras tentam ,mas será que os jovens citadinos e " pendurados na linha de costa " ouvindo a toda a hora dizer que somos um país de marinhieros ( D, Dinis não gostaria nada de tal ouvir !) e de povo que se vai pelo mundo fora , querem regressar às nossas beiras ,por muito que elas lhe ofereçam ?Veja a minha terra tem ensino do infantil ao superior , centro de saúde e Hospital ,finanças, tribunal , piscinas , campos de ténis , hipismo , cinema , grupo de teatro , centro cultural e forum com espectáculos , na maior parte , gratuitos , 3 bibliotecas ,3 supermercados , hotéis com capacidade para cerca de 1500 pessoas ,discoteca e eu sei lá que mais , já para não falar nas boas terras e em muitas outras coisas ...Todavia têm ido alguns mas é preciso mais ....Ás vezes penso : só eu não tive esta sorte ;Faculdade ...longe , emprego longe ...e costumo dizer : se eu pudesse mudar a TAP para a Beira!!! Pois ,mas é a terra ou o marido...Que sorte que estes jovens desaproveitam ....Sim ,porque no meu tempo ,tb foi difícil arranjar emprego e emigração.Que dizer dos anos 60...todos sabemos , nós os mais velhos...
Desculpe o desabafo ,mas saio sempre de lágrima no olho das terras idanhenses e mesmo neste momento já os tenho "rasos de água ".
Um abraço
Bem haja amiga "Quina", e, a minha amiga ainda esta perto, imagine eu que estou tao longe!
Um grande abraco beirao.
Sem dúvida que as últimas décadas ficarão na história, pela desertificação dos territórios situados no interior do nosso país. O concelho de Fornos não fugiu a este flagelo.
Quantos às feiras, algumas encontram-se quase vazias, Fornos e Feira-Nova (no Mosteiro), são exemplos, mas tal situação não se vê em Penalva do Castelo, um concelho bem perto de nós. Ali a feira é semanal, todas as sextas, nada de sábados, domingos e feriados: não: sempre à sexta-feira de cada semana. Era assim desde que eu me lembro e ainda é agora.
Vê-se muitos tendeiros que trazem ao mercado um pouco de tudo o que as aldeias das redondezas podem precisar e eu sempre que lá vou vejo mesmo muita gente nesta feira, por vezes "nem se pode lá romper" como gosta de dizer o povo.
Construíram também um mercado recente (edifício), que vende peixe e legumes frescos, frutas, cereais, queijos da região e todos os produtos de charcutaria, flores, etc... e julgo até que está aberto ao público nos outros dias da semana.
Portanto, caro amigo, há feiras e feiras; ou, melhor dizendo, há concelhos e concelhos!
Um abraço forninhense.
Pois e cara Aluap, tem toda a razao mas existe alguma diferenca, e, essa diferenca e a populacao!
Provavelemente o municipio de Penalva do Castelo tem sozinho, tem a mesma populacao que tem Aguiar e Fornos juntos!
Isto e uma ideia para melhorar, pois creio que pior ja nao pode ficar, ou se calhar pode!!!
Um abraco de amizade dalgodrense.
Boa noite Sr Cardoso,
é claro que o recinto da Feira de Fornos de Algôdres esta bem arranjado e tem capacidade para ter um grande mercado. Pena ver esta feira tão peculiar desaparecer aos poucos. Os bons acessos de Fornos levam os compradores talvez muito facilmente fazer compras.
Penalva sem duvida conserva tudo das feiras de antigamente e mesmo quando o recinto foi mudado para o fundo dum vale depois de ter ocupado outros terrenos, compradores e vendedores não desapareceram, as carreiras e taxis levam muita gente de todas as freguesias mesmo as mais remotas.
Cumprimentos
Bem haja amigo Carlos Matos, um abraco de amizade.
Amigo Cardoso, as suas ideias são boas e a diferença até pode estar na população.
Só que repare, Penalva investe na recuperação demográfica, enquanto Aguiar e, pelos vistos, Fornos também, preferem que a sua população se resuma a idosos, para assim controlarem melhor os votos lol, não percebendo que a taxa de mortalidade aumenta e que a morte do concelho também se aproxima à medida que a sua população vai desaparecendo!
Agora, no caso das feiras, não sei se resolvia fazê-las ao Sábado ou Domingo, mas sinceramente também nunca percebi porque as feiras de Fornos e de Aguiar se realizam à Segunda. Não dizem que à segunda-feira o mercado está fechado?
Aquele abraço.
Nao entendi essa, de dizerem que a segunda-feira o mercado esta fechado!
Por estas paragens diz-se que não devemos fazer compras (fruta, legumes, flores e peixe) à segunda-feira porque não há mercado,por outras palavras, as praças estão fechadas porque há segunda nada é fresco!
Mas na nossa região se calhar é diferente...também não estou muito à vontade para falar disso, porque quando vivi em Forninhos não reparava nestes pormenores.
Agora entendi, neste caso entao ate estou correcto, em propor uma mudanca de dia!
Amigo Sr. Albino.
Olhando para tempos mais ou menos antigos, custa encarar a realidade actual.
A feira de Fornos, faz parte do passado, assim como a Vila.
Infelizmente como tantas outras vilas e aldeias. Os autocarros, os ligeiros e pesados, com a nova via, desviou e enfraqueceu o comercio.
Perdeu vida, para Vilar Formoso, muito mais rapido.
Claro que nao se desfruta do bonito e secular.
Os rebanhos, quase extintos. O queijo, como Penalva, era o que fazia a feira.
Quilometros a pe ou de camioneta, juntamente com os animais, com canastros de queijo, na madrugada.
Agora Hipermercado aqui e ali, grandes marcas que tudo engolem, no bom desconto em dinheiro mas onde falta a qualidade.
As pessoas andam de carro, a publicidade tudo absorve e as pessoas andam na ilusao.
Os petiscos na feira de Fornos...que saudade.
Bem haja amigo Xico, pelo comentario bem no ponto!
Um abraco de amizade.
A Feira deveria ser ao sábado de manha como se faz por esse pais fora.
Acompanhada de iniciativas semanais, com provas de petiscos e promoção da urtiga, pão da serra, queijo enchidos, uma espécie de semana low cost para estes produtos com exposições iterantes, a respeito da arqueologia e costumes locais...
Abraço,
Magno.
Desculpe amigo Albino por ter entrado no seu espaço sem ser convidado, mas o tema é interessante e não resisti.
O mercado de Fornos, teve, ou tem um grande problema, esse problema chama-se queijo da serra.
Com a vinda dos “intelectuais” do queijo SERRA DA ESTRELA, ponho aspas em intelectuais porque estes só o serão nos livros, de queijo nada sabiam, e não sabem, e assim acabaram com uma feira de muitos séculos. Os autarcas deste concelho não souberam defender a principal fonte de riqueza dos seus munícipes.
Na feira do queijo de Fornos, transacionavam-se algumas toneladas de queijo entre as 7 e as 9 horas da manhã, seguia-se a feira tradicional onde já havia dinheiro para as movimentar, não só a feira, como o comércio local.
A feira realizava-se de 15 em 15dias e vinham vender o seu queijo os pastores que produziam mais quantidade, de Aguiar da Beira, Penalva, Mangualde, gouveia e até de Celorico da Beira, a sua maior rival. Com as novas ideias, não só destruíram o mercado, como também a atividade principal do concelho, por isso esta feira, tem passado mas não tem futuro sem o queijo que lhe deu vida, seja ela á segunda ou ao sábado
O mercado de Penalva do Castelo resistiu porque os seus autarcas sempre o defenderam, mas este era muito diferente do de Fornos. Eu estou á vontade para falar disto porque o vivi, comprei muito queijo em Fornos, em Penalva nem tanto, mas conheço os dois.
Um abraço amigo.
Eduardo santos.
Amigo Eduardo:
Voce principalmente e todos quantos queiram, nunca necessitam de ser convidados, para expor as vossas opinioes.
Quanto ao que escreveu concordo a 100%.
Aqui esta sempre em casa, e, receba um grande abraco, de bem haja.
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