segunda-feira, maio 03, 2010

Os "700 anos do Foral de Fornos"


Varios autores referem que a vila e concelho de Fornos, teve foral por D. Dinis, havendo ate quem afirme que foi em 1314, havendo outros que dizem que nunca o teve, ate o "site" municipal o afirma!
Como nao se conhecia nenhum documento que o confirma-se, muitos de nos entre os quais eu proprio, embora concorda-se-mos que o tera tido, pensavamos que Fornos se regulava pelos forais de Algodres!
Na realidade, Fornos sim teve um foral, dado por D. Dinis no ano de 1310, (1348 era de Cezar) que foi confirmado por D. Manuel I no dia 28 de Agosto de 1497, como se pode ver no livro 28, folio 38 da Chancelaria desde rei.
Reza assim: " A vila de Fornos de Algodres confirmacao da carta de foro de D. Dinis, feita por Bartolomeu Pires em Lisboa, a 28 de Maio de 1348 e mandada por Gil Eanes, tesoureiro real, e Pero Esteves, vassalo real, pelo qual se deveria pagar a el-rei pelo dia de Natal 101 libras e 16 soldos....."
O meu amigo Dr. Nuno Soares, foi quem publicou originalmente em: "http://algodres.blogs.sapo.pt/" , a transcricao deste documento, aqui: http://algodres.blogs.sapo.pt/arquivo/1075510.html
Podemos e devemos celebrar no proximo dia 28 de Maio, os 700 anos do foral de Fornos, e em meu humilde entender bem poderiamos consagrar ao rei D. Dinis, uma rua desta vila.
E portanto uma honra para os fornenses, afirmar que Fornos teve foral por D. Dinis, no ano anterior ao de Algodres que foi em 1311!

6 comentários:

João Paulo Lopes Clemente disse...

Caro Al.Cardoso!
Não tinha conhecimento desses dados históricos. Realmente, datas como esta devem estar sempre presentes e no conhecimento de quem tem responsabilidades políticas de modo a que não passem em vão e sejam comemoradas dignamente. Seria uma óptima oportunidade para fazer uma grande cortejo histórico/etnográfico que envolvesse as freguesias com as suas associações e demonstrasse para o exterior o viver e o sentir das Terras de Algodres Ontem e Hoje. A sua sugestão é também muito interessante e justa. Obrigado por nos brindar com mais estes dados históricos que aos poucos vão sendo esquecidos.
Um abraço amigo

Nuno Soares disse...

Amigo Albino,
Folgo em vê-lo de volta aos blogs, com uma sugestão bem oportuna!
Algodres e Fornos já seriam concelhos, com termos próprios, no reinado do nosso primeiro rei e terão tido forais anteriores aos de D. Dinis, que infelizmente não chegaram até nós mas de que há referências, por ex. nas Inquirições. Os forais de D. Dinis vieram confirmar situações pré-existentes e actualizar as contribuições para libras, padrão introduzido, salvo erro, no reinado anterior.
Em todo o caso, sendo os forais de D. Dinis os primeiros cuja data de outorga é conhecida com precisão, apoio, naturalmente, a sua sugestão de que seja assinalado, condignamente, o respectivo centenário!
Um grande abraço do,
NS

Al Cardoso disse...

Caro Nuno:
Eu neste caso so me referi a Fornos, devida a proximidade do 28 de Maio. Mas em meu entender deveria-se comemorar este centenario durante 2010 e 2011 pois foi em 1311 que D. Dinis concedeu o foral a Algodres!
Bem haja pelo comentario.

Karkov disse...

Caro Sr. Cardoso. Segui a sugestão e por cá passei. Acho o seu blog de uma atitude louvável e defensor na sua dignidade das vivências características do nosso concelho de Fornos de Algodres. Os meus parabéns pela perseverança e paixão.
Basicamente, passei por esta pagina para deixar o meu apoio. Opinando sobre este tema particular... apesar de achar que há que marcar todos os momentos fulcrais, positivos ou negativos, com a mesma dignidade e achar muito interessante a ideia de assim tratar datas historicas e recuperar a tradiçao e celebraçao tao caracteristica dos nossos povos, gostaria de relembrar a essência dos forais e divagar um pouco sobre eles: "Assim, cada carta de Foral estabelecia direitos e deveres particulares desses colonos, habitantes ou povoadores na vida municipal, exercício da Justiça, privilégios da terra, organização social e administrativa, etc. Definia ainda o que pertencia à Coroa e ao senhor donatário, quando o houvesse. Geralmente, se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo." Há, obviamente, todo um "background" organizativo no que respeita a estes documentos, pois eram assentes em metodos de organização da sociedade claros e estudados, etc, etc, o que era vantajoso no seu funcionamento Mas continuava no fundo a garantir a centralização do poder, (coisa que continua, a outra escala, nos nossos tempos) e era notoriamente um "roubo" dos locais ao declararem seus bens que pertencem a um povo de uma regiao. "So porque sou Rei, parte é meu... pimba!". Porem, tiveram o seu papel na estruturaçao de um povo e são, de todo o modo, importantes e dignos de celebrar, nunca esquecendo o que foram as suas vantagens e suas desvantagens.
Mas quis só deixar outro ponto de vista.

Um abraço e continue,
Rui

Al Cardoso disse...

Caro Rui:
Todos os pontos de vista sao de louvar e agradecem-se, pois sao eles quem fazem a verdadeira democracia.
Ja quanto aos forais o que disse so tem verdade, mas tambem temos que nos colocar desses tempos, para assim poder-mos julgar bem, historicamente falando, o que e sempre dificil como sabe!

Um abraco dalgodrense e apareca mais vezes>

Klatuu o embuçado disse...

Se assim é, a benção é a dobrar... ;)

Abraço.