Enquanto o governo anunciou em grandes parangonas, a suposta descentralizacao de servicos do estado para as cinco regioes plano, prepara-se para encerrar e centralizar varios servicos, ate agora existentes nas varias vilas e cidades deste pais, para outras localidades, criando com essas medidas novas centralidades.
Ora digam-me entao, sera que justificam medidas deste genero, sabendo que com elas o cidadao ira ficar mais mal servido? Eu creio que nao e, se e verdade que e necessario uma melhor gestao, do dinheiro dos nossos impostos, deveriam isso sim era comecar a geri-lo melhor, comecando pelos proprios membros do governo.
Pois enquanto se vai pela area de poupanca, de uns quantos funcionarios normalmente ganhando salarios medios, continua-se a criar e nomear postos de alta chefia, esses sim a ganhar salarios enormes.
Mas o que mais me choca, e que com as ja anunciadas medidas, quem mais vai sofrer sao as gentes do interior sub-desenvolvido e, que com estas medidas sao muitissimo mais afectados. Nunca poderei estar a favor de uma descentralizacao ou regionalizacao, em que as pessoas fiquem com os servicos mais longe do que os tinham ate aqui.
1 comentário:
Com ou sem regionalização, com ou sem a desconcentração de competências dos órgãos de soberania central / nacional, essa questão da criação de novas centralidades por parte do governo não poderá ser levada a sério.
O facto é que actualmente, no nosso país, o desenvolvimento económico resulta cada vez mais da polarização / atracção de investimentos e infra-estruturas por parte das áreas urbanas. Portanto, as novas centralidades de que se fala já existem!No caso do interior beirão, Viseu assume-se, graças sobretudo à capacidade dos seus órgãos autárquicos, como uma das regiões que assegura a captação de investimento.
São as cidades que polarizam o desenvolvimento económico. A maior parte das áreas urbanas de média dimensão nacionais já está a desenvolver-se, logo a atrair população (ou pelo menos a estancar a saída de população para as AM`s de Lisboa e Porto). Essa atracção / fixação da população faz-se, em muitos casos, à custa da desertificação da área envolvente à malha urbana (ex: Guarda).
Por outro lado, "guerras de capelinhas" como a suposta disputa entre a Guarda e Covilhã para saber qual delas assume maior preponderância sobre a outra apenas são o resultado de estratégias pouco esclarecidas, pois só é benéfico que um eixo de cidades (Guarda-Covilhã-Fundão-Cast.Branco - "eixo da A23") assumam uma estratégia de complementaridade de serviços ou funções.
Vou parar por aqui, que já me doem os dedos! :)
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