Ouvi segunda-feira com muita atencao, o programa "Pros e Contras" da RTP, prestei atencao as varias opinioes e, embora me custe muito admitir a agregacao, ou extincao de freguesias, e um tema em que tenho pensado ha ja muito tempo, tendo ate ideias proprias a este respeito, no que refere ao meu querido municipio de Fornos de Algodres.
Ate nem desgostei muito, das opcoes que o ministro apresentou, pois em municipios que tenham perdido mais do que 10 por cento da populacao, como e o caso de Fornos de Algodres, poderem continuar freguesias com pelo menos 300 habitantes, ou no caso de mais de 15 quilometros de distancia da sede concelhia, 150 habitantes, ate que nem e mau de todo!
Assim no nosso municipio, baseando-me os ultimos numeros eleitorais, que sao os que tive acesso, sem contar a freguesia de Fornos, so quatro (4) freguesias poderam continuar tal como estao: Algodres, Figueiro da Granja, Juncais e Queiriz.
Maceira e Matanca estao perto do numero e talvez consigam manter-se mas e incerto, quanto as outras teram que agregar-se!
Entao temos que para conseguirem 300, ou mais habitantes, Sobral Pichorro e Fuinhas teriam que ter uma unica junta de freguesia, pois embora pela distancia Fuinhas pode-se qualificar, nao tem pelo menos 150 habitantes.
O mesmo passa-se com Vila Cha, (a minha aldeia querida) que teria que juntar-se a Muxagata, pois com Cortico nao conseguiram entre as duas, prefazer o numero magico de 300, porque pela distancia nao qualificam, pois ficam todas elas a menos de 15 quilometros de distancia da sede concelhia.
Casal Vasco e Infias teriam que agregar-se tambem e assim andariam a volta de 450 habitantes. Vila Soeiro do Chao e Juncais la teram que juntar-se novamente quer gostem ou nao.
E depois deste cenario restar-nos-iam Vila Ruiva e Cortico e as opcoes seriam estas:
Vila Ruiva juntava-se a Juncais e Vila Soeiro, o que ate nao seria ma ideia e ja ficava uma freguesia com oitocentos e tal habitantes. Ou entao o que era preferivel, passava Vila Franca da Serra para o munipio de Fornos de Algodres, (o que fazia sentido, e so ver o mapa) e agregavam-se as duas!
Quanto a Cortico, ou se juntava a Algodres, ou a Matanca, ou entao o que fazia para mim mais sentido, a Vila Cha e Muxagata.
Bem sei que e doloroso ver-mos isto passar-se, mas infelizmente temos que ver perder autonomia administrativa, a freguesias centenarias varias vezes.
Gostava que os meus conterraneos comentassem e apresentassem tambem cenarios, para esta inevitavel situacao!
4 comentários:
Eu até acho boa medida acabar com a despesa que reina em algumas autarquias. Só que esta reforma anunciada vai trazer mais problemas do que os que vai resolver. “A procissão ainda vai no adro”. Até agora só está ainda a ser interiorizado que esta medida é para poupar dinheiro, mas isto só vai durar enquanto as pessoas não o sentirem na própria pele, depois é que vão ser elas.
Imagine:
Maceira e Matança como estão perto do número mantêm-se. Depois hão-de vir os da Muxagata (por exemplo) dizer que a sua Freguesia não devia acabar e outros e outros e outros…
Depois Caro amigo, não sei se as coisas vão ser assim tão simples. Forninhos, por exemplo, é a freguesia mais distante da Sede do concelho, cerca de 19km; segundo os Censos 2011 tem 222 habitantes, no entanto, a informação que tenho é que não se vai qualificar, porque “eles” calculam em linha recta e acho que isto é injusto, porque o nosso isolamento é real por estrada e não em linha recta.
Eu vivo na Amadora e pouco me interessa o nome da freguesia, mas a aldeia onde eu nasci, é a minha aldeia querida e quem melhor pode resolver os seus problemas da minha aldeia é o Presidente da Junta. Defendo que a Junta de Freguesia faz falta, principalmente nas nossas aldeias.
Um abraço forninhense
Cara Paula:
Bem haja pelo comentario. Olhe que quando me referi a Matanca e Maceira, por estar proximo do numero talvez se consigam manter! Foi porque como vera, os numeros que eu tenho sao referentes a eleitores, que supostamente sao sempre menores do que os residentes, pois as criancas nao votam, pelo que pela proximidade do numero provavelmente conseguem atingir o numero magico!
Nao posso tambem concordar que se meca em linha recta e embora no concelho de Fornos nao havera nenhuma que qualificara pela distancia, voce tem muita razao quando refere Forninhos!
Bem sei que devido as circunstancias nao havera tempo para uma reforma a serio, mas o que eu perconizava era um outro tipo de reforma em que se desse as pessoas a oportunidade de elas decidirem a que municipio queriam pertencer. No caso de Forninhos nao sei se nao haveria alguma vantagem de passar para Fornos de Algodres pela distancia por acaso!
O ministro referiu que em junho ou julho esta reforma teria que estar ja no papel, para estar em vigor para as proximas eleicoes, assim que nao se pode perder tempo, porque sera por concenso ou imposta!
Um abraco de amizade.
A sua análise difere um pouco da apresentada pela anafre, como poderá concultar no site, onde pro exemplo a freguesia de juncais é extinta.
Caro Al,
O que me arrepia é que o assunto só está a ser tratado pelos profissionais da política.
Como já disse, a redução das freguesias urbanas não me incomoda, agora quanto às nossas freguesias, as nossas aldeias, acredite, vai tocar nas nossas vidas. Nós – sociedade – devemos intervir, participar. Eu vivo Forninhos a minha terra ao pormenor e os forninhenses não vão virar as costas ao assunto. Temos uma identidade ímpar, uma herança, somos a freguesia mais distante do concelho de AGB, não temos 300 habitantes, mas temos 200…será uma injustiça perdermos autonomia administrativa, não queremos agregar-nos a Penaverde ou outra, mas temo que seja tarde para Forninhos.
O ideal seria mesmo dar poder de decisão às pessoas. Desde que tenho consciência das coisas, Forninhos não devia pertencer ao concelho de AGB, sempre fomos a “freguesia negra” do concelho, nem se dá pela existência da Câmara e, claro, a reforma administrativa não vai ajudar nada!
Aquele abraço
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