Tenho expressado algumas vezes a minha estranheza, da falta de cooperacao entre as varias autarquias vizinhas.
Um caso gritante aconteceu, com a falta de uma ligacao condigna entre a Auto Estrada 25 e a recem intervencionada Estrada Nacional 330 que no concelho de Fornos faz ligacao a Gouveia e a Aguiar da Beira.
Pude "in loco" aperceber-me e ouvi comentarios nada favoraveis por parte dos meus conterraneos, referentes a muito discutivel ideia da mudanca de localizacao do no de ligacao entre a referida auto estrada (sera mesmo) e a defunta EN 16 que por sua vez liga a referida Nacional 330.
Se e verdade que para quem vem de Viseu e Mangualde, ficou mais favoral a ligacao a Fornos de Algodres, tambem e verdade que para quem vem da Guarda e Celorico esta mesma saida ficou a cerca de 2 kms mais longe do que anteriormente.
Talvez, segundo a logica em prol de Fornos, faca mais sentido o no de ligacao na presente localizacao, pois da mais visibilidade a vila, tambem e verdade, que nao deixou por isso de ficar mais longe do centro da vila, isto para nao falar de que ficou muitissimo mais longe, da rotunda de ligacao a estrada nacional 330 em Fornos Gare.
Sei tambem, que ja ha muito tempo que o senhor presidente da camara de Aguiar, reidindicava e com razao, uma mais rapida ligacao ao defunto IP5, pelo que toda a gente (ou a maioria) desejava essa concretizacao, aquando das obras de transformacao, desse itenerario em auto estrada.
Acontece que defendendo interesses muito discutiveis, isso nao so nao se concretizou, como ainda ficaram pior servidos. Acontece tambem que a saida de Fornos de Algodres, para alem de servir o Municipio de Aguiar da Beira, serve tambem uma grande parte dos concelhos de Gouveia, Celorico e de Penalva do Castelo. Era entao ai, que aquando da proposta rectificacao de erros passados, todos deveriam ter-se unido e reivindicar uma melhor ligacao, que para servir a todos na perfeicao, deveria ter ficado localizada sensivelmente na localizacao anterior ou ate na interseccao com a Nacional 330, em obras de qualificacao na mesma altura.
Ainda gostava que me explicassem umas coisitas, embora como ja esta consumado nada se possa fazer, Qual e a justificacao, de num espaco de tres ou quatro quilometros, Celorico da Beira ter 3 saidas, (coisa imcompreensivel numa Auto Estrada) e nao se fez uma ligacao a estrada nacional 330 perto de Figueiro da Granja? Porque se abandonou a antiga saida a Fornos perto da Estacao e juntinho a EN 330, com muito melhor ligacao tanto para Gouveia como para Aguiar?
Porque se nao pensou numa ligacao condigna a Gouveia que e uma cidade e, ao mesmo tempo uma entrada para a turistica "Serra da Estrela"?
Provavelmente sao perguntas incomodas, mas que teria feito muito sentido, terem sido equacionadas tinha.
A terminar esta ja longa entrada, so queria fazer um pedido, senhores autarcas pensem globalmente e nao so na suas "paroquias" para que casos como este, se nao repitam jamais.
10 comentários:
Parabéns pela sua visão crítica deste tema, parece que Aguiar da Beira ficou esquecida nesta decisão e Fornos quer virar costas à Guarda.
(VB)
Caro anonimo:
Calculo que o meu amigo seja de Fornos, e, pelo facto de ser de uma terra pequena, tem receio de se identificar, o que e compreensivel.
Devo acrescentar, que eu ate sou amigo tanto do Presidente da camara de Fornos, como do de Aguiar e conheco pessoalmente o de Gouveia, mas isso nao me impede de referir ao que encontro mal.
No que toca a Fornos estar a virar as costas a Guarda, na realidade esse distrito criado artificialmente em meados do seculo XIX nunca soube cativar as nossas gentes que estando desde o tempo dos romanos ligadas a Viseu, sempre tenderam a ter mais ligacoes comerciais e eclesiasticas com aquela cidade. Pelo que a decisao de Fornos integrar a defunta Grande Area Metropolitana de Viseu, juntamente com Aguiar, Gouveia e Seia, nada mais que veio repor mais ou menos a antiga Beira Alta.
No entanto o que eu defendo e uma grande Regiao da Beira ou Centro, englobando os distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda, Castelo Branco e ate parte do de Leiria.
Devo tambem fazer notar-lhe, que o facto da suposta separacao dos municipios referidos do distrito da Guarda, em nada contribuiu para melhores ligacoes as estradas referidas, pelo simples facto de nao ter havido unioes e consencos entre as autarquias afectadas, e e isso que eu refiro na minha entrada.
É um tema interessante este do nó da 330 com a A25, suponho que é um facto lamentavelmente consumado, nesta altura.
Outro tema que merece uma reflexão aturada, é o da Gare de Fornos e o seu papel no desenvolvimento sub-regional de médio prazo, passado e futuro. Porque não umas jornadas autárquicas sobre este tema?
O que importa é que esta estacção assuma o seu papel, se revitalize e as pessoas da envolvente não vejam goradas as legítimas espectativas no que ao combóio de Fornos diz respeito.
Um abraço
Compreendo a pertinente questão que coloca. Passo por ali com frequência. E, de algum modo, abordámos esse assunto ao almoço, sobre a falta que faz uma verdadeira saída directa à Serra de Estrela mais para os nossos lados, uma vez que a única que se encontra sinalizada para esse efeito é a de Celorico e, convenhamos, essa não é saída nenhuma. É o ponto mais distante da A25 à Torre, provavelmente. Portanto, neste ponto em concreto concordo em absoluto consigo. Faz falta uma saída em condições para a Serra. No que diz respeito ao nó de Fornos a verdade é que a vila e o concelho sairam amplamente beneficiados com este novo nó. muito mais próximo da vila e mais rápido. Compreendo que gostasse de ver mais saídas, como sucede com Celorico em que duas delas quase se atropelam. A verdade é que elas vêm da extinta IP. Hoje não creio que se fizessem tantas. Note que um nó desses aumenta exponencialmente o custo da obra. Em tempos reivindicou-se outro nó para Mangualde, na zona de Quintela, o seu custo ascendia ao milhão de contos. É muito dinheiro!E os benefícios? Compensarão um investimento dessa natureza? Um abraço
Compreendo, meu caro amigo, que a A25, como o nosso país, deverá ter ali uma única saída, de acordo com a economia e contexto.
A questão aqui aflorada, gira em torno da correcta inserção da 330 com a A25. E quando se fala em 330 (com boa requalificação, diga-se) deve estar subjacente todo o espaço canal que esta via serve, com todas as condições socio-económicas a ela inerentes.
Estão em causa áreas deprimidas que urge rejuvenescer e todas as intervenções de infra-estruturação do território, como é esta, devem ter isto sempre presente.
Não está exclusivamente em causa o benefício (ou não) para Fornos, devemos pensar também no acesso à Guarda de quem vive em Vila Chã, Figueiró, Penaverde, Aguiar, Mesquitela, etc.
Note-se que, o nó, até pode estar bem localizado, mas como não se conhecem os critérios de decisão, é legítimo que se preencham umas linhas de blog com as nossas dúvidas.
PL
Caro Pisco a Lapa:
Foi precisamente por isso que eu coloquei este "post", nao entendo que sabendo-se que a saida de Fornos, e a ligacao natural para o concelho de Aguiar e a ligacao mais perto para Gouveia, e, sabendo-se das reivindicacoes dessas autarquias, em terem um ligacao mais perto, depois desta modificacao a vao ter mais longe uns quilometros.
E olhe eu ate sou natural de Vila Cha, e, a esse respeito ate creio que faria muito sentido, um desvio na N330 , Para eliminar as curvas dentro da povoacao, mas sao opcoes, que estam mal desde a abertura original da estrada no principio do seculo passado.
Pleno o exercício de cidadania. É preciso dar voz à razão. Um abraço.
Estradas, ruas, sinalizações e afins em Portugal é um compêndio do absurdo por excelência.
Abraço
MF
essa zona já tem nós que chegue
Caro Bota:
Concordo com o meu amigo, ja tem nos que cheguem, o que eu gostaria era que o no de Fornos, tivesse ficado localizado em sitio que servi-se com mais comodidade que o antigo IP5, as vilas de Fornos e Aguiar e a cidade de Gouveia, coisa que nao aconteceu, infelizmente. Mas podia ter sido feito, se esse no tivesse sido localizado sensivelmente no lugar onde estava o antigo.
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