Ha sempre certas carateristicas, que contribuem para a evolucao, tanto social como economica dos povos. Nos "beiroes" das zonas mais altas, temos como todos os povos virtudes e defeitos. Dentro destes ultimos, temos que reconhecer que o individualismo e uma das carateristicas que nos marca, para o bem ou para o mal. Por isso e que uniao e cooperacao, sao coisas que poucos frutos tem dado para os nossos lados.
Li a dias com agrado, que se propunham constituir uma sociedade comercial, para a divulgacao e comercializacao dos vinhos da chamada "Beira Interior'. Esquecendo-me da carateristica referida acima, logo antevi sucesso a uma iniciativa deste genero e, ate pensei que algo parecido deveria ser feito, no que se refere ao "Queijo da Serra" e a outros productos regionais.
Acontece que foi so uma ideia e provavelmente nao passara disso mesmo, devido a que para ja as cooperativas de Pinhel e do Fundao, nao estao para ai viradas, sabe-se la porque!
O facto de haver uma grande entidade, que divulgue e comercialize os productos, da a estes muito mais visibilidade e competividade e, nao tem por isso que acabar com os varios rotulos de origem, pois individualmente fica sempre muito mais dificil e dispendioso. No entanto parece que nao foi a essa a conclusao que chegaram as cooperativas referidas.
Tambem a cerca de dois anos previ sucesso e me alegrei, quando foi constituida a "FORCEL"; uma associacao entre Fornos e Celorico, para a divulgacao do "Queijo" e outros productos regionais. Foi tudo muito bonito nas paginas dos jornais, mas ficou tudo na mesma, continuando estes municipios a puxar individualmente, pois creio que essa associacao nunca se passou do papel.
Quer-me parecer que enquanto nao mudar-mos de atitude e deixar-mos de ser individualistas, continuaremos a ficar cada vez mais arredados do progresso, que espreita a todo o momento e em varias oportunidades, que continuamos a deixar passar ao lado.
14 comentários:
Temos tanto potencial nesta terra e não nos apercebemos que estamos a perder oportunidades de ouro para desenvolver. Fazem-se associações e promoções nos mass-media mas depois a montanha acaba por parir um rato. Uns procuram amealhar uns trocos, outros ganhar protagonismo, outros para ficar bem nas fotografias, outros para dizerem que pertencem e estiveram na origem da referida associação...e a certa altura anda tudo em direcções diferentes.
Um abraço
Defeitos todos temos - nuns casos será esse tal individualismo, noutros serão coisas bem piores.
Maneiras de ser diferentes?... Epá, o que eu sofri em Viseu, nos anos 80, quando estive lá a trabalhar temporariamente (diferenças de mentalidade... outros tempos... enfim, não me quero alongar sobre esse assunto).
Mas tenho que vor das os parabéns pela mobilização que vejo na internet em defesa da vossa terra e dos vossos valores.
Em Almada, cidade onde vivo, e que se distinguiu durante muito tempo precisamente por ter, e defender, uma identidade cultural própria (por razões ideológicas, mas também por oposição à influência centralizadora de Lisboa) parece que andamos a "perder o gás".
Isso faz-me ter "inveja" de vocês, beirões.
(Mas reparem que "inveja" estava entre aspas...)
Um abraço!
António Vitorino
É muito difícil mudar as mentalidades.
Esse é o principal desafio que se coloca a Portugal.
Um abraço.
cumprimentos al cardoso
sou regionalista e penso que temos que nos unir em cada região para trabalharmos em prol dela.
a criação de associações no meu ponto de vista é benéfico, desde que, como atrás disse, sirva para desenvolvimento da região, promovendo os seus bens e produtos.
um abraço
Enquanto os autarcas do interior nao interiorizarem que só poderão ser ouvidos em conjunto, e que as seus projectos farão muito mais senido do ponto vista global do desenvolvimento do interior, será certamente muito dificil saírmos da estrada do deserto que infelizmente esta cada vez mais a percorrer
Abraço amigo Al
www.opinarparavancar.blogspot.com
Saudações,
Parece que algumas das suas ideias foram ouvidas, pois parece que vão ser criadas novas sinalizações, ao longo da A25 e A23, com indicações para a Serra da Estrela.
Abraço.
Ando por aqui um tanto baralhado. O seu blogue nr one é este? POis, deve ser. Eu bem recebi em tempos uma chamada de atenção para o facto mas, umas vezes venho aqui outras vou para outro lado.
Deixei um comment acerca das fontes porque tinha de falar da fonte de Sto. António, aqui na Barreira.
Quanto à questão do individualismo estamos conversados. Cada um que se desenrrasque! Enquanto assim actuarmos estamos feitos ao bife.
Nem sto. António nos vai valer se não arrepiarmos caminho rapidamente.
António
Caro AL, o problema está nas razões que apontou e em mais algumas. a Formação das pessoas é importantíssima. As Autarquias, as Associações Comerciais, e outras instituições deste tipo enquanto virem a Formação, nas diversas àreas, como algo que nada de novo traz, como algo que é só para ir "sacar" mais uns cobres á UE, nunca evoluirão. O problema de Portugal é este mesmo: uma questão de Mentalidades. e Tal como referiu o Professor António Sérgio, este problema é velho de séculos...
Quando é que Portugal muda?
Não sei...Esta geração de políticos é ainda muito novo: vive no deslumbre da Democracia e entende-a como um "direito" pessoal e não colectivo, e vai daí mete-se nela, não para servir a papulação, mas para enriquecer monetáriamente e socialmente. Enquanto aasim fôr é muito complicado. Temo que as gerações novas, pensem da mesma forma, dado que estão expostas a estes comportamentos desviantes...
Caro amigo,
confesso que já fiz essa pergunta em Celorico...
Fizeram um acordo com o vinho Alvarinho e esquecem a zona demarcada do queijo da serra.
Só todos os municípios a remar pra o mesmo lado, com produtos de qualidade, com preços homogéneos e uma acção promocional/marketing no seu todo os poderá salvar do "queijo da serra espanhol"...O "tipo serra"!!!!!
Em vez de se juntarem isolam-se...
Divididos não vão a lugar algum!
Um grande abraço
Mário Relvas
O individualismo tem vários aspectos. Como foi referido no texto e em alguns comentários, impede o trabalho de equipa que conduziria ao desenvolvimento. Mas, pelo contrário, é positivo porque só ele permite o êxito da corrupção, da fuga ao fisco e do tráfico, da ostentação de riqueza e de títulos académicos, a fim de manter o secretismo que conduz ao êxito.
Como disse o escritor humorista brasileiro Milôr Fernandes «É preciso roubar agora porque mais tarde poderá ser ilegal»
Há-que mudar de mentalidade e racionalizar os procedimentos com vista à estratégia do desenvolvimento da competitividade internacional.
Façamos um pequeno esforço por dia para bem do povo que teima em viver no interior!
Abraços
Está a falar dos beirões ou dos portugueses em geral?
Talvez tenha razão. Os Beirões tendem a absorver as ondas positivas mais tarde, muito provavelmente, devido aos obstáculos naturais (não só físicos).
Já agora ...
Um abraço beirão
MF
A este respeito, fica o realce para a Primeira Feira Nacional do Azeite que aconteceu no último fim-de-semana.
Consultem aqui:
http://www.diarioxxi.com/?lop=artigo&op=d645920e395fedad7bbbed0eca3fe2e0&id=41296a5e3d7d6463387e976095cb1c15
Mas mais chocante que tudo é o caso do Queijo. Ainda há tempos, por altura da Feira do Queijo, José Miranda manifestava o desejo de partir para a realização conjunta de um mesmo certame por parte de todos os municípios da região. Também o autarca de Seia já manifestou essa aspiração, mas a verdade é que na hora da verdade cada um vai promovendo a sua "galinha" (porque é melhor que a da vizinha). Posto isto, e ainda há dias, o município de Celorico foi promover o "seu" queijo por terras de Lisboa e fê-lo orgulhosamente só...
Não se antevê um futuro muito risonho para as nossas terras, meu amigos.
Cumprimentos para todos.
Sem esforço colectivo (ai que palavrão, meu Deus!) não se vai a lado nenhum.
A mentalidade da defesa da courela prevalece nas nossas cabeças e acredito que isso se faça sentir ainda mais onde as populações se desinteressam pela verdadeira política.
Na Assembleia da República estão as pessoas que supostamente deviam interessar-se pelo progresso homogéneo do país. E somos nós que os lá colocamos. Durante as últimas últimas décadas, pós 25 de Abril, continuamos a insistir em lá manter quem nos tem mais ou menos desprezado.
Como dizia um amigo meu, "isto não é um país, é uma chacara mal amanhada, mais nuns lados que noutros".
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