quarta-feira, janeiro 23, 2008

Usemos as Nossas Diferencas; Os Pelourinhos!

Pelourinho de Algodres.

Dentro de um principio que tenho referido, de que e nas diferencas, que se deve apostar para captar interesse e, dando valor a sondagens postas a circular por blogues de meus conterraneos, que aqui tenho divulgado e, podem ser encontrados nos meus "links", de que e no turismo que se deve apostar. Vou hoje referir-me a uma area, que em meu dever devia ser melhor explorada, pois e algo que nos temos e que creio devera ser quase unico a nivel nacional!

Tanto quanto tenho conhecimento, o concelho de Fornos d'Algodres, sera provavelmente o unico em todo o pais, que em tao reduzida area territorial, tem tantos pelourinhos: Seis!

Ora esta singularidade, deveria ser mais divulgada nos roteiros turisticos, criados e a criar. E mais ainda, porque a quase totalidade deles e original, datando dos seculos XV e XVI, (a excepcao e Fornos e, mesmo esse ainda conserva pedras originais) e, conservam-se no local em que foram implantados. ( aqui a excepcao e Figueiro, que hoje com a construcao na nova variante a estrada nacional 330, ate deveria ter corrigida a sua localizacao, devendo ser implantado novamente na praca, de onde nunca deveria ter saido!)

O ter tantos pelourinhos, indica que desde epocas medievais, continuando pela epoca moderna e ate ao ano de 1836, estas terras eram regidas pelos "homens bons"; (a democracia daqueles tempos) portanto cidadaos livres, nao tendo nunca aqui existido, nenhuma sugeicao por senhores donatarios, embora tivessem havido alguns, (Soveral, Caceres, Abreu e Noronha) mas eles nunca tiveram perrogativas nem de justica, nem jurisdicao sobre o povo em geral.

Como nao poderia deixar de ser, comeco por apresentar-vos hoje o pelourinho de Algodres, o da "terra mae", desta sub-regiao!

18 comentários:

Anónimo disse...

Nas aldeias com pelourinho por onde já passei, verifiquei que junto aos mesmos, existem paineis informativos, com dados aquitectónicos. Portanto existe uma referenciação turística dos mesmos. Já nos roteiros turísticos que conheço, as informações sobre este assunto, são escassas.
Quanto a roteiros, parece-me que ao Concelho falta um verdadeiro "mapa de visitas", que aponta-se não só os locais e paisagens com interesse regional, mas também que servisse como compêndio histórico-arquitectónico da nossa Terra. Neste ponto, julgo que ainda pouco foi feito.
Curioso o facto de nenhuma das povoações com pelourinho, ter incluído este monumento no seu brazão heráldico, com a expecção de Casal do Monte que não tem brazão, como se pode observar no web site do Município.

Cump's
O anónimo

Anónimo disse...

Segundo pude observar na Wikipédia, Fornos é o segundo concelho do distrito com mais Pelourinho, 6, sendo só ultrapassado pelo concelho de foz Côa, com 7.
Abraço

Amaral disse...

Al Cardoso
Belo artigo e uma belíssima imagem. Fez bem em reportar aqui essa notícia. É merecida esta singela homenagem aos pelourinhos da sua terra. Este já conhecia.
Abraço

Al Cardoso disse...

Caro Anonimo:

Sim eu tenho conhecimento dessas placas indicativas que sao muito interessantes e descritivas, mas o que eu me referia era divulgar estes monumentos, num roteiro escrito ou digital, que como o amigo tambem ja notou esta em falta!

Caro Fernando:
Bem vindo, ha tempos que o nao via por ca, a seu tempo tam veremos ai o nosso pelourinho.
Quanto ao distrito eu tambem sei que Foz Coa, tem sete pelourinhos, mas acontece que e em area muito maior! O que eu refiro e creio que nao estarei muito errado e que Fornos d'Algodres, sera o concelho a nivel nacional que tem mais pelourinhos numa area territorial pequena!

Caro Amaral:
Como ja conhece este, a seguir viram os outros que provavelmente nao conhecera!

Um abraco de amizade d'algodrense, a todos.

Al Cardoso disse...

Ainda para o amigo Anonimo:

De facto tem toda a razao, e estranho que nem aparecam os pelourinhos nos brazoes das freguesias! Quem tera sido que decidiu o que colocar la?

E ja que estamos a referir-nos aos brazoes, Tambem nunca para mim fez muito sentido, o nosso brazao municipal, pois nada ai faz referencia a nossa historia que e riquissima e, as referencias a agricultura que la se encontram cada vez fazem menos sentido.
Sei que tem que se fazer algumas "demarches", mas ja era tempo de na Camara, alguem tomar a decisao de se fazer a correccao merecida do nosso brazao!

João Paulo Lopes Clemente disse...

Amigo Cardoso:
De facto temos que apostar naquilo que é genuinamente nosso para marcarmos a diferença.Os pelourinhos são mais uma das riquezas da nossa terra que deveria ser mais divulgadas.Aquando pela passagem da "famosa" associação Recreativa e Cultural de Figueiró da Granja, adoptámos um símbolo que tem como base o pelourinho de Figueiró. Brevemente, publicá-lo-ei em "O Figueirola".~
Um óptima semana

Maria disse...

É lindíssimo.
E é uma pena permitirem colocar persianas em casas como a que está por trás do Pelourinho.
Somos nós os primeiros a estragar tudo....

Abraço

Anónimo disse...

Olá a todos, amigo Cardoso concordo plenamente com tudo o que foi dito até aqui. Infelizmente como todos sabemos as autarquias apostam e muito em profissionais que vão buscar dinheiro , como Engenheiros, Arquictetos etc, agora nos que podiam criar dinheiro, nesses não pensao e na cultura muito menos, e como é obvio A sua terra não foge á regra, digo sua terra mas, tambem a conheço muito bem . Vou dar-lhe um ex. O CIHAFA podemos verificar que é ou poderia ser o cartão de visitas da terra, e podemos ai tambem ver que onde há pessoas que sabem ate se faz, e ai temos o Dr. Valera, mas, que eu saiba ele não é funcionário da Camara, como tal muito faz ele para as vezes que cá aparece. Eu pergunto Fornos tem já um museu , um Centro Cultural e um roteiro bom ou mau não interessa esta encaminhado, não estaria na hora de contratar um elemento que gostasse da terra tanto como o Dr. Valera , mas mais abrangente por ex. um licenciado em Historia , não um professor de história,mas um historiador é que parece igual mas é diferente. E ai sim esse trabalharia por ex. com o Dr. Valera ,mas dinamizando ao mesmo tempo tudo o resto, é que este concelho é rico não só em arqueologia, mas em história em geral, e que eu saiba não existe nenhum levantamento feito, que não diga respeito á arqueologia. Vou dar-lhe o ex. de um concelho que a eese nivel está pior que o seu, Aguiar da Beira está subaproveitado, mas no entanto tem um levantamento total e muito bom, de Pena Verde já me serviu de muito para o meu trabalho, levantamento esse que foi feito por um Históriador e um Arqueologo do GTL de Pena Verde. Acontece que esses levantamentos não têm seguimento porque o GTL acaba e os funcionários são despedidos. Ora Fornos já tem o favor de um, contratem outro, mas que goste da terra tanto como este, e que a viva, pois acho que em qualquer profissão é o mais importante. Peço desculpa por ter sido tao extenço , mas Fornos já descobriu o caminho , não o deixem perder , tornem-se autosustentaveis, se pensarem um bocadinho vêm que é possivel. Um Abraço

Anónimo disse...

Caro Albino:
A questão que aqui se tem levantado sobre a eventual inclusão dos pelourinhos nos brasões das respectivas freguesias é muito interessante e confesso que também já me tem dado que pensar.
Julgo que convirá ter em conta que o regime legal da heráldica autárquica, aprovado pela Lei n. 53/91, de 7 de Agosto (v. aqui ), prevê (de acordo, aliás, com as regras gerais de heráldica) que os elementos usados deverão ter uma representação estilizada, não podendo ser representados na sua forma naturalista (cf. a al. d) do artº. 10º.). Assim, os pelourinhos (ou outros monumentos) teriam de ser figurados de forma estilizada e não numa reprodução próxima da realidade. A meu ver, essa representação estilizada acaba por relativizar o efeito de afirmação identitária e/ou o efeito distintivo que poderiam decorrer da representação dos monumentos locais nos brasões, o que talvez explique algumas das opções que têm sido tomadas.
Em todo o caso, também creio que pode haver razões que, casuisticamente, recomendem a inclusão de um pelourinho, mesmo em representação muito estilizada, nos brasões de certas freguesias (por exemplo, no caso das que foram concelho e queiram dar especial destaque a esse facto ou no caso de freguesias cujo antigo pelourinho seja um monumento ou uma marca identitária de particular importância).
Um grande abraço,

Al Cardoso disse...

Caro Nuno:
Bem haja pela documentacao.
Quanto aos brazoes das freguesias, olhe que embora nao aparecam la os pelourinhos ate estao muito bem heraldicamente. (digo eu!)
Ja o mesmo nao poderei dizer no que se refere ao brazao municipal, diga-me o meu amigo o que e que nele esta representado que se refira a historia das "Terras de Algodres" que foram o cerne no novo concelho de Fornos de Algodres?!
Era precisamente esse que gostaria de ver modificado.
Olhe uma Anta, uma coroa real aberta, e um curso de agua, cada um em tres bandas, identico ao de Algodres, representava muito melhor o municipio do que quatro espigas de milho e um cacho de uvas!
Mas quem sou eu que ate me chamam "sumidade", para botar faladura sobre estas coisas!

Um abraco de amizade.

Carlos de Matos disse...

Ola a todos

Para completar os comentarios sobre a heraldica, fica aqui em link do Brasão de Fornos de Algodres e algumas das suas freguesias ...

Relataram me ainda ha pouco tempo que esses simbolos foram a obra dum levantamento que houve nos finais dos anos 8O por uma entidade (que desconheço...) que entrevistou habitantes das varias freguesias desse pais, perguntando o que representava o melhor essas mesmas. Do genero 3, 5 e demais castelos se forem vilas, cidades etc... assim as espigas de milho e outros simbolos foram arbitrariamente criados. Essa normalização feita depois por decreto oficializou essa heraldica republicana as vezes sem ligação para a verdadeira historia desses lugares.

Até depois

Carlos

Anónimo disse...

Olá Al Cardoso.

Segundo informações obtidas junto de alguns populares da minha e sua terra natal (Vila-Chã), os brazões, seriam produzidos por uma empresa (desconheço se pública ou privada), a qual desenvolveria estudos e apresentaria à Junta de Freguesia uma proposta de brazão, bandeira e selo. Infelizmente o valor a pagar era muito elevado e a Junta de Freguesia decidiu "abdicar" da proposta.
Presumo que todas as que têm brazão, tenham assindado contratos com a referida empresa, isto a julgar pelo timming em que todas elas apresentaram os seus brazões.

Apesar de pequena e de ter poucos recursos, era interessante que a nossa aldeia tivesse também um brazão. Como não tem, e dado o conhecimento histórico e arquitectónico que tem da sua terra lançava-lhe um pequeno desafio, isto, é claro, se tiver tempo e paciência: Elaborar um estudo para um hipotéctico brazão de Vila-Chã (versão não oficial). Se o amigo não tem jeito para desenho, descreva as peças a incluir, que eu me encarregarei do resto.

Aproveito para lhe agracecer o envio das fotos antigas. Serão publicadas assim que tiver um tempinho livre. Obrigado.

Fique bem,
Sérgio Carvalho

Anónimo disse...

Caro Albino:
Concordo inteiramente consigo: o actual brasão do município não é nada feliz! Foi concebido há muito tempo, numa época em que a história e o património locais não eram tão conhecidos como são agora e em que as potencialidades locais a valorizar eram outras... Porém, dada a "sedimentação" que já tem a actual ordenação heráldica, penso que as vantagens e desvantagens de a tentar alterar terão de ser cuidadosamente avaliadas. No fundo, daí não vem grande mal ao mundo. Há muitas outras formas, mais eficazes, de dar visibilidade e importância à história e ao património das nossas terras.

Al Cardoso disse...

Caro Sergio:

Ja ha tempos me interrogava, porque razao as freguesias de Vila Cha e de Fuinhas nao possuiam Brazao e Bandeira, ate pensei que so teriam direito a eles as freguesias de um numero de habitantes para cima, afinal a razao e a que o meu amigo incica!
Ja quanto a minha colaboracao na sua elaboracao, fico muito reconhecido pelo pedido. Talvez nao saiba pois e de outra geracao, que nos meus tempos de menino e moco ate tinha bastante geitito para o desenho, mas como nao tenho praticado provavelmente ja o terei perdido. No entanto ainda um dia destes irei experimentar e assim que tiver o desenhito pronto enviar-lho-ei com a explicacao que considere apropriada.
Neste caso gostaria de lho mandar privadamente, pelo que se me enviar um email para o meu endereco ja ficarei com o seu assim lho envio, o meu email encontra-se no meu profile e e:
alcard8@gmail.com

Um abraco vilachaense, para si e sua familia.

Anónimo disse...

Caro Al Cardoso,
Concordo consigo. Os Brazões até estão bem conseguidos. Não é pela falta do pelourinho ou algo que o identifique que não estão bem.
Quanto ao brazão do Município, observando-o cuidadosamente, penso que fica patente o desajustamento entre o que pretende representar e a realidade de hoje. Era bom que a Câmara trata-se de o readaptar aos tempos actuais. No entanto "isto" de mexer nos símbolos tem muito que se lhe diga. Haverá gente que aprova a ideia, como eu, o Sr., e muitos outros, mas também há os que decerto se opõem (os habituais "velhos do restelo").
Quanto a esta temática sejamos francos! Isto não acontece só no concelho, mas um pouco por todo o lado. Se bem me lembro ainda à poucos anos alguém se lembrou de reajustar o Hino Nacional, mas a ideia parece ter sido esquecida rapidamente.

Mesmo que não se mexa no brazão, julgo que a Câmara, poderia muito bem criar um logotipo inovador e moderno, que a identifica-se não só na documentação oficial, mas também como imagem de marca, em todos os lugares onde se faz representar. Não sei se tem conhecimento, mas em tempos, o Presidente da Câmara, tinha um logotipo próprio, que era utilizado nos documentos que eram despachados por sí e pelo seu gabinete, e que até não era muito feio. Desconheço se o mesmo está actualmente a ser usado ou não.
Poderia portanto criar um que identifica-se toda a Câmara e os seus diversos serviços. Muitos Municípios já fazem isto. Viseu é um exemplo, mas há muitos mais por esse país.

Cump's
O anónimo

Anónimo disse...

Amigo "Al", mais uma vez um bem haja por colocar no seu blog um assunto que nos trás à memória, recordações saudosas da nossa terra! Os pelourinhos são a parte mais importante da história da terra e das suas gentes!
Continue com a sua divulgação e pode ser que, quiçá em tempo curto, a tal "sumidade", seja "engolida" por muita "boa" gente!

Magno disse...

Temos um pelourinho muito bonito, fruto da bondade dos nossos antepassados para com o próximo!!!
Pode ser um ponto de começo para uma nova forma de aproveitamento turistico!
Abraço,
Magno.

a d´almeida nunes disse...

Vivam AL e todos os comentaristas
Em Leiria/cidade temos a Rua do Pelourinho mas nem sequer vestígios de pelourinho existe.
Aliás, esta Rua tem, actualmente, este nome em memória do Pelourinho que existiu na Praça Rodrigues Lobo, a principal praça desta cidade.
Esta rua já se chamou Rua da Piedade, Rua Sacadura Cabral e Travessa da Aurora. De facto, as deliberações tomadas pelas instituições deviam ter muito mais em conta a história prpriamente dita. É a história que nos pode ajudar a perceber quem somos, o que fizemos e o que devemos projectar para o futuro.
Um grande abraço
António