sexta-feira, junho 25, 2010

A A25, as portagens e o desenvolvimento!!!

Anda muito debatido ultimamente, o problemas das portagens nas "SCUT" e a opiniao dos dois maiores partidos portugueses a este respeito.
O PS decidiu colocar portagens nalgumas do litoral, deixando de fora a A23 e a A25 e, creio que a do Algarve!
O PSD por sua vez so concorda se todos pagarem, o vistas bem as coisas ate faz algum sentido. A raiz desta ideia e porque so, nao podia aprovar os tais "chips nas matriculas", veio o PS concordar desde que na A23 e A25, os residentes e os empresarios nao pagassem!
Em face de tudo isto, e provavelmente contra a ideia muitos dos meus leitores, eu vou dizer-vos que estou a favor da proposta do PSD, e quem andar nas autoestradas que pague, seja no litoral ou no interior!!!
Mas vou explicar porque, apresentando os ganhos ou perdas para o meu querido municipio de (Fornos) D'Algodres.
Primeiramente queria dizer que tanto quanto eu saiba, nao tem sido porque a A25 e de graca, que o municipio se desenvolveu mais ou menos.
Nao deixou por isso de ter continuado a perder populacao, nao vejo a abertura de mais empresas, e ate o Inatel e o novo Hotel que se constroi presentemente, existiriam na mesma, com portagens ou sem portagens!
Agora vou apresentar a vantagem das portagens para o desenvolvimento: Como e mais que sabido uma parte dos funcionarios medios; da Camara, dos Bancos, das reparticoes publicas, e os professores, que bem poderiam contribuir para a economia do concelho, so aqui ganham o seu ordenado, pois vivendo em Viseu ou Guarda, ou noutra cidade qualquer e la que contribuem!
A haver portagens (e ate deviam ser grandes), obrigaria essas pessoas a mudarem a residencia para aterra em que trabalham, indo com isso ajudar a desenvolver o comercio, a industria, a cultura, o desporto etc. etc.
Nao creio que o grande transito internacional, deixa-se de usar a autoestrada e volta-se a usar a EN16, mas mais pessoas voltariam a usa-la, e isso voltaria a trazer desenvolvimento e mais comercio as vilas por esta atravessadas.
E nestes tempos, em o turismo pode ser a alavanca de desenvolvimento da nossa terra, quantas mais pessoas passarem por Fornos, melhor ficariam a conhecer tudo quanto temos de bom.
Ou estarei errado?!

12 comentários:

Agnelo Figueiredo disse...

Não deixa de ser uma perspectiva curiosa, Cardoso.
A minha lógica, contudo, é outra: Nada deve ser "à borla". A malta tem que compreender que tudo custa dinheiro - estradas, saúde, educação, ...

Unknown disse...

Amigo Albino parece que desta vez estamos em completo desacordo e passo a explicar as minhas razões:

1- Durante anos e anos o interior foi prejudicado face ao litoral no que diz respeito às infraesruturas rodoviárias o que ditou uma óbvia perda de competividade desta região face ao litoral! ainda hoje estamos a pagar essa injusiça social!

2- Nós no Interior deixámos de ter a IP5 passando a existir a A25, construida por cima do anterior traçado do IP5! Ora eu pergunto? Estão a imaginar fazer fornos viseu peça estrada de fagilde ou ir para a guarda pel estrada nacional 16...experimentem e vejam os riscos que correm e sobretudo a perda que isso representa em termos de tempo.

3- Parece-me que não serão as portagens que ao iisolar-nos dos concelhos vizinhos sejam benéficas para o concelho, uma vez que se é verdade que as pessoas que por aqui trabalham sentiriam um estímulo para aqui residirem, também não é menos verdade que muitas outras sentiriam mais reservas em nos visitarem!

Cooperação intermunicipal pode ser a chave para o renascimento do Interior!

Pelo que desculpe amigo, não concordo com a introdução de portagens na A25. Se me perguntar é discriminação? Eu respondo: Simm é discriminação positiva para uma região tem sido sido esquecida por todos os portugueses ao longo de anos e anos...

Abraço

linguarudos disse...

Concordo com a introdução de portagens em TODAS as SCUTS pela lógica do Utilizador Pagador.

Pois nos moldes existentes as SCUTS custam milhões de euros por ano ao estado , ou seja ao nosso bolso.
Ora não é normal que um habitante de Bragança suporte com os seus impostos os custos de manutenção da auto-estrada do Algarve e vice-versa. Também não é normal que um utilizador casual das autoestradas suporte com os seus impostos os mesmos custos que um utilizador diário suporta. E no limite alguém que não tendo carta nem carro pague indirectamente pela sua utilização.

Quanto à referida discriminação, não é com a isenção neste caso que se luta pelo desenvolvimento do interior, a igualdade devia ser preservada, e todas as regiões do país fossem tratadas da mesma forma, não isentar umas porque são menos desenvolvidas, mas sim dar a todas as regiões as mesmas oportunidades e condições de desenvolvimento.

Por isso concordo com a aplicação de portagens nas SCUTS incluindo a A25, no entanto sendo aplicados critérios para a isenção ou diminuição do preço a por exemplo a habitantes das regiões abrangidas(formando zonas a diferentes preços,por exemplo,como as do metro do Porto).sendo esses critérios aplicados a todas as SCUTs.

É esta a minha modesta opinião.

Com os melhores cumprimentos:

Duke

Unknown disse...

Só mais uma questão relacionada com o utilizador pagador?

Em termos de acesso à cultura quanto paga em média um habitante do interior para que haja a oferta cultural que existe sobretudo nos grande centros urbanos?

Nessa lógica deixem-me perguntar e dizer: se é assim, também não queremos pagar impostos para espectáculos que nos são inacessíveis, ou que se o são ficam muito mais caros do que para os habitantes dos grandes centros urbanos devido ao custo das deslocações.

A coesão nacional quando se fala do interior do país infelizmente é de facto uma treta!

abraço

Anónimo disse...

Não pagamos assim tanto para os espectáculos, infelizmente, é sabido que os subsídios para a cultura são quase nulos, sendo quase totalmente canalizados para a preservação do património e não na promoção dos espectáculos, como é visivel pela constante queixa dos artistas.

O problema do interior não é a falta de isenção nas portagens, o problema do interior é termos esta carga de sermos uns "coitadinhos". A luta não deveria ser contra as Portagens, deveria ser pela exigência dos tais espectáculos, pela promoção do turismo e dos nossos produtos, pela fixação de empresas etc.

O verdadeiro ataque ao interior é feito quando o governo fecha serviços de urgência e escolas, impedindo de os seus habitantes terem as mesmas condições que os do litoral têm. A igualdade que é aplicada, e na minha opinião bem, nas SCUTs deveria ser estendida a outros sectores. O mesmo nivel de oportunidades esse sim deveria ser o nosso objectivo.

Duke

Agnelo Figueiredo disse...

"se é assim, também não queremos pagar impostos para espectáculos que nos são inacessíveis"

Nem mais, nem menos!
Não podia estar mais de acordo.

Anónimo disse...

Estou em completo desacordo que se faça tábua rasa em todo um país, no que às portagens diz respeito.
Se isso não acontece com a atribuição e canalização de verbas para o investimento ( a parte boa) não aceito que se faça o mesmo para a colecta de imposto ( a parte má).
Sem dúvida que sou a favor de uma discriminação positiva, que ajude a de forma gradual a colmatar as diferenças entre litoral e interior.
Claro que o problema não é de agora, mas que culpa agora temos nós, por exemplo, que acha quase três auto-estradas paralelas no litoral e não se tenha investido de igual forma no interior.
Não quero com isto dizer que queria ter mais auto-estradas, mas se calhar gostava de ver um centro hospital avançada que permitisse por exemplo evitar que pessoas de todo o interior tivessem que se deslocar quase diariamente a Coimbra para tratar doenças oncológicas.
Se tivesse havido uma distribuição equitativa de investimento ao longo da “era do betão”, talvez ai concordasse com a teoria do utilizador/pagador.
Um abraço amigo Albino.

Unknown disse...

Eu concordaria com essa teoria do utilizador pagador, se nós não pagássemos a quantidade de impostos que pagamos. Ao sermos tributados emo IVA,ISP, I.A, IRS e outros, não estaremos já a pagar pela utilização de bens que deveriam ser públicos?
Se assim não é para que serve o dinheiro dos impostos?

Anónimo disse...

Esgrimem os vossos argumentos e pontos de vista da melhor forma que entenderem.
Da minha parte só reclamo que nos devolvam o IP5.
Quanto ao pagar para ali e para acolá, é sempre questionavel, veja-se o caso dos transportes publicos, na área metropolitana de Lisboa são subsidiados pelos impostos de todos e aqui na região os que existem não são sequer compativeis com as deslocações casa/trabalho.
Pela perspectiva do artigo que tal aplicar à boa maneira medieval uma taxa de entrada nos territórios do concelho de Fornos. Estou certo que teria seguidores noutros concelhos para combater os forasteiros. É uma visão muito redutora, diria de regionalista bacoco.

Al Cardoso disse...

Provavelmente o ultimo comentador nao me entendeu, eu apresentei o meu ponto de vista em relacao a minha terra, no entanto pode o mesmo principio ser aplicado a Mangualde a Celorico, ou a outro qualquer municipio.
Cada um pode ter diferentes prespectivas, mas nao necessitamos de ser sarcasticos, nem chamar-nos regionalistas bacocos!
De qualqer modo bem haja pelo comentario.

aluap disse...

Está certo Al Cardoso, eu concordo que todos temos que pagar. Se as pessoas não querem pagar portagens nas Scuts, usem transportes públicos, poupam no combustível no estrago do carro e poupam no ambiente. Eu faço muitas vezes de comboio a viagem Lisboa -Mangualde ou Fornos e a viagem faz-se muitíssimo bem. O português passa o tempo a andar de carro de um lado para o outro, gasta o carro, combustível, polui, e ainda refila se tem de pagar portagem, mas a verdade é que se pudesse levava o carro até o seu o posto de trabalho, centro comercial, etc.
Agora também é certo que os transportes públicos aí são praticamente inexistentes, talvez seja a altura de “refilar” por este serviço, porque os transportes públicos, salvo algumas excepções, são alternativa.
O dinheiro dos impostos devia ser melhor aplicado, como na saúde, na educação, do que termos de pagar estradas que as pessoas usam porque é mais cómodo e não querem dar uma volta maior. Agora andarem uns a pagar para outros andarem à borla, não me parece que seja justo e não pagarmos todos, também não. Por isso, acho que devem ser criadas portagens nas Scuts, e todos pagarem, porque a manutenção é cara e porque é mais justo que se pague o que se utiliza.

Magno disse...

Amigo Al,
Conta - se que a A25, já era falada como auto estrada desde o tempo do Estado Novo, pelo menos parentes meus de Maceira, hoje com oitenta e muitos anos falavam na auto estrada.
Com a entrada na CEE, o Cavaco deu nos o IP5, que foi mais um cemitério de pessoas que estrada com perfil para atrair investimento.
O erro é que a A25 devia existir desde 1987, com portagem ou sem ela, o FACTO É QUE ESTA so apareceu em 2007, e na lógica de SCUT, como a sua irmã A23(Guarda- Abrantes).
Por outro lado a ideia que boas vias de comunicação atraem e trazem o desenvolvimento de uma região têm se revelado muito errada, pois apesar de encurtrem distâncias entre regiões, o verdadeiro desenvolvimento só se verifica com INVESTIMENTO PRIVADO SEM UMA LÓGICA DE ESTADO CHUPISTA DE IMPOSTOS ALTAMENTE INJUSTOS E PENALIZADORES A QUEM QUER ACEDER A MERCADOS.
Vejamos o exemplo da Irlanda quer em vez de Auto - Estradas melhorou as vias que possuia e investiu na formação e ensino.
Em 2006, saiu uma crónica no semanário economico por parte do vice director do mesmo jornal semanal que apresentou uma ideia que defendia que uma das formas de financiar as scuts em zonas deprimidas como é o caso de muitas localidades por onde estas passam seria pelo aumento dos seguros automoveis em apenas 2 euros por todos os automobilistas por forma a criar uma descriminação positiva ideia essa que se ficou por um artigo de jornal.
No entanto a ideia de quem reside ou tem sede empresarial nestas regiões ficar isento, a meu ver faz sentido tendo em conta a sobrevivência de muitas micro empresas que tem o seu sustento nestas regiões, no entanto deixo aqui mais um exemplo:" quando se contrui a A1, com portagem na zona da Bairrada, os restaurantes do famoso leitão da bairrada entram em pânico, pois acharam que iriam perder receitas e que os respectivos negócios ficariam arruinados, no entanto apenas fecharam as casas que não tinham qualidade no produto que ofereciam aos clientes as outras lá continuam a facturar, com a portagem á entrada das suas terras..."
Abraço,
Magno.