Embora no concelho "D'Algodres", se confecionem saborosos pratos com os enchidos e com a carne de porco, tais como; as chouricas, as farinheiras, a marra (com til no a) e o presunto, dentro destes quero destacar a murcela, que em minha humilde opiniao e uma das melhores a nivel nacional! No entanto devido ao meu acentuado regionalismo, terei que ser posto em duvida, pelo que o melhor e prova-la para tirar duvidas!
Contudo na gastronomia que melhor nos representa, figuram em primeiro lugar o cabrito e o borrego (ou "cordeiro" como outrora se dizia) tanto grelhados, como assados em forno de lenha, guizados, estufados e de outros modos.
Estes dois tipos de carne, embora sejam (fossem) muito abundantes no nosso municipio e regiao, o seu uso na nossa culinaria, tera em minha sempre discutivel opiniao, muito que ver com a cultura hebraica e ate mussulmana. Estas religioes proibem o uso de carne de suinos, coisa que para alem da religiao, tera tambem muito que ver, com o facto destes animais serem grandes portadores de doencas outrora intrataveis e muito contagiosas!
O uso de borego e cabrito na nossa culinaria, sera tambem uma das herancas que os povos semiticos, deixaram em "terras de Algodres" e nao so!
Termino com uma quadra de uma cancao popular destas terras, dada a conhecer a nivel nacional, pelo saudoso cantor fornense: Dr. Antonio Menano
"La'im" baixo vem a rapoza,
Com o seu rabo p'lo chao.
Vem "precurar" ao pastor,
Se tem "cordeiros" ou nao.
La'im = La em
Precurar = Perguntar
Cordeiros = Borregos
7 comentários:
Ai que isso dá-me cabo do colesterol... mas sabe tão bem!
já de manhã e fiquei com fome...
Interessante artigo, que li com imenso agrado. Um abraço.
Al Cardoso
Belo post gastronómico.
Abraço
ao ler este post, sem dúvida q a água cresce na boca.
post muito interessante, no que respeita a toda a componente cultural que o suporta!
PEÇO DESCULPA MAS ESTA FOI A ÚNICA FORMA QUE ENCONTREI DE AGRADACER A CADA PESSOA A LEITURA DO notassoltasideiastontas.blogspot.com:
Eu, brincando com o pseudónimo que resolvi adoptar, estou "atarantinado".
Comecei, indeciso, com este projecto pelo mero gozo da escrita. E porque tenho um ou outro "bichinho" a roer aqui dentro.
Circunstâncias várias levaram a que só neste meio de comunicação pudesse dar azo à veia da escrita.
Adoptei uma linha de rumo e avancei decidido. Procurando ser equidistante nas análises, mas não me inibindo de as dar.
Umas das críticas mais recorrentes que me têm feito (pelos mais variados meios) é a de que valorizo e destaco essencialmente o que de mau se faz. Especialmente na política.
Costumo responder a brincar que para destacar o bom (que também o há) os políticos têm os assessores.
Não precisam da minha ajuda.
Aliás, já por lá passei e por isso sinto-me relativamente à vontade para o dizer.
Em Agosto tive a primeira prova de que a blogosfera também é um espaço de amizade e solidariedade dado que, na minha ausência em férias, contei com a prestimosa ajuda e colaboração do Tiago R. Cardoso para me assegurar o expediente.
Recentemente, consegui convecê-lo a juntar-se a este projecto.
Almejei ainda unir a minha voz à da Silêncio Culpado.
Foi um enorme passo em frente que se deu neste projecto.
Vieram, os novos autores, enriquecer as perspectivas, as formas de escrita, de temas e de análise.
Provou-se, mais uma vez, que aqui se está mesmo ante um espaço de liberdade. De opinião, essencialmente.
Ontem atingiu-se, até ao momento presente, o ponto mais alto de participações efectivas neste blogue.
Registo esse facto com apreço. Aghradeço a cada um dos que cá vieram que o tenham feito.
Mas muito particularmente que tenham comentado.
Porque é para isso que escrevemos. Para que as pessoas reajam. Se ergam, se sintam motivadas a escrever, a dizer que sim e que não, porque entendem que deve ser desta forma e não daquela.
Não sei se iremos conseguir manter o nível maciço (pelo menos para este blogue) de comentários, mas gostaria que tal acontecesse.
Porque só assim saberemos que estamos a mexer com as consciências.
E que, apesar de tudo, as pessoas sentem que a sua opinião pode marcar a diferença. E que também a política pela política pode ser uma forma de estar, uma arte nobre, pois devia ser através dela que se edificaria um mundo melhor.
Obrigado a todos e voltem sempre. Mas, àqueles que ainda não se atreveram a comentar, aqui façam-no.
Como puderam ver ontem, aqui são todos bem recebidos.
Mesmo aqueles que venham com cantigas de escárnio e mal-dizer.
É que, para esses, e apenas me recordo de um tal Machado, há sempre resposta à altura.
Aproxima-se a hora de jantar e acabo de ler o teu post, o que me abriu o apetite! É pena não estar perto D´Algodres, pois aceitava a sugestão!
Apesar de tudo, no fim de semana passado, em passeio por Figueira de Castelo Rodrigo e Foz Côa, tive a oportunidade de me deliciar com a gastronomia Beirã.
Aquele abraço infernal e monárquico!
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