Continuando na minha proposta "Rota Neolitica", vamos hoje dar um pulo ao vizinho concelho de Aguiar da Beira. Ai, dentro dos limites do que foi o antigo concelho de Carapito, presentemente uma freguesia daquele municipio, vamos visitar um dos maiores dolmens da nossa regiao, (ou o que dele resta) a "Anta ou Dolmem de Carapito".
Foi de lamentar que um esforco para a valorizacao e reconstrucao do monumento, tivesse resultado ainda em maior destruicao, creio ate que se tera quebrado a lage de cobertura, nessa altura. Tanto quanto sei, o referido projecto de recuperacao, tera sido supervisionado por um tecnico estrangeiro, pelos resultados teria sido bem escusada a sua participacao, porque em Portugal creio, que existem tecnicos tao bons ou ate melhores!
Junto a este megalico encontam-se outros monumentos de menores dimensoes, mas tambem dignos de uma visita!
5 comentários:
Felicito-o por este trabalho interessado e persistente. Com estas imagens torna imortal a memória destes monumentos. Oxalá muitos sigam este exemplo.
Continuo sem ter sinais de alguém de Viseu que me dê pistas para encontrar a anta de Rio de Loba, ali para os lados de Travassós de Cima e de Mondão. Gostava de, na próxima semana, a poder ver, mas receio que faça mais uma tentativa vã.
Aqui deixo o apelo aos viseenses, ou a alguém da região que possa dar indicações úteis.
Um abraço
Trabalho muito interessante e de louvar,monumentos imortais que fazem história de grandes povos antepassados.
Boa semana
Bjs Zita
Caro Albino, algumas considerações:
1 - O Dolmen da foto é o Dolmen 1 do Carapito, existem mais dois, como refere, em pior estado de conservação. Ou pelo menos existiam em 1966.
2 - A escavação e valorização deste dolmen, que ocorreu em 1988, não esteve a cargo de nenhum estrangeiro, mas sim de dois arqueólogos portugueses do Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra (Raquel Vilaça e Domingos Cruz).
3 - Em 1966 foi este dolmen escavado, assim como os outros dois, por Vera Leisner, de nacionalidade alemã, e por Leonel Ribeiro.
4 - Vera Leisner não o fez a pedido de nenhuma entidade portuguesa. Tanto ela como o marido Georg Leisner vieram para portugal estudar os monumentos megalíticos no período da II Guerra Mudial ou depois dela. Portugal muito deve a este casal no dominio do megalitismo. Depois da morte de Georg, Vera empreende investigações na Beira com Leonel Ribeiro.
4 - Não sei se foi durante a intervenção de 1988 que se deu a destruição do dolmen. Eu visitei-o e puder ver que a sua estrutura foi consolidada, ficando pelo menos com os esteios na vertical. Mas como se situa no meio de ucampo agrícola, penso que terá sido antes algum "descuido" com uma máquina que o terá derrubado, o que possibilitou um melhor uso da terra.
a filosofia do país costuma ser sempre a mesma - agredir , destruir, não preservar
men perseverar...
tem um bom dia
Sou de Carapito e conheço razoavelmente bem a história dos seus dolmens.
Existem restos de um outro à entrada da freguesia para quem vem de Trancoso, no sítio denominado Revolta.
A destrruição da anta nº 1 não foi causada por nenhuma máquina. Antes, foi causada pela incúria dos arqueólogos e de quem deveria ter acabado o trabalho de recuperação. Deixaram os esteios, por duas vezes, espacados com toros de pinheiro, que apodreceram antes que os consolidassem devidamente. Portanto, os esteios cairam já por duas vezes. Sei que a Câmara, também muito por minha insistência, irá recuperar este dolmen. Para quem o viu muitas vezes direito como no-lo legaram os nossos ancestrais é uma pena que estranhos o tenham deixado naquele estado. Uma vergonha.
Mais uma informação: Vera Leisner, que ainda conheci, terá passsado por Carapito muito antes da sua primeira escavação. Foi o meu avô quem lhe ensinou a Casa da Moira.
parabéns pela preservação do nosso património que estas notícias promovem.
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