quarta-feira, outubro 03, 2007

Escadarias e Rampas!

Li a dias mas ja nem sei aonde, que em Portugal os arquitectos e engenheiros tem o culto das escadas e escadarias. De facto uma escadaria e de certo mais imponente, que qualquer vulgar rampa e como nestas coisas da arquitectura, (como em muitas outras areas) o que importa na maioria das vezes sao as aparencias, estes profissionais continuam a esquecer uma lei que ja tem mais de dez anos, e muitissimas vezes nao se recordam dos limitados em locomocao!
Talvez porque ja me encontro mais para la que para ca, estas coisitas estam incluidas nas areas que me preocupam, mas que deveriam importar tambem e muito, a todos os profissionais da area da construcao.
Embora muitos deles, possam nunca ter limitacoes fizicas durante as suas vidas, devem lembrar-se que se D*us lhes der saude e vida, chegaram a velhos (ou idosos como agora se diz) e uma ligeira rampa e sempre mais acessivel que qualquer escadaria.
As Camaras municipais que licenciam e fiscalizam as obras, nunca se deveriam demitir do seu papel devendo ser o exemplo para o resto dos cidadaos nas obras que executam, coisa que na maior parte das vezes nao fazem!
Infelizmente pelas nossas bandas, tambem existem muitos maus exemplos, quanto ao cumprimento da lei da mobilidade!

12 comentários:

quintarantino disse...

Lei da Mobilidade? Ó amigo Al Cardoso isso é só para impor aos outros. E quando é. Aqui onde trabalho, o acesso ao Departamento do Urbanismo faz-se por... escadas!!!!!

Amaral disse...

Al Cardoso
Pois, pois... a lei deve ser implementada não por ser lei, mas porque essas pessoas também têm direito a uma vida mais facilitada.
Abraço

Mac Adame disse...

Câmaras Municipais? Como é que as Câmaras Municipais se vão impor, se vivem à custa da construção civil? Só impõem a lei se o empreiteiro não lhes passar nada por baixo da mesa.

O Micróbio II disse...

A sensatez não abunda na cabeça dos arquitectos na altura de desenharem os projectos. O desenho e a estética valem mais que o uso prático...

zé lérias (?) disse...

Segundo o Decreto-Lei nº163/2006, de 8 de Agosto, que revoga um outro anterior de 1997 (a quem muita gente não ligou peva), incumbe ao Estado, de acordo com a Constituição Portuguesa( ai que saudades tenho do 25 de Abril! ), a promoção do bem-estar e qualidade de vida da população e a igualdade real e jurídico-formal entre todos os portugueses [alínea d) do artigo 9.º e artigo 13.º],.
Que com esta nova lei os corruptos e arrivistas sejam cada vez menos e deixem de persistir na nossa sociedade as desigualdades impostas pela existência de barreiras urbanísticas e arquitectónicas, são os desejos de todas as pessoas de bem. Os outros, os que não têm esses desejos, que sejam pura e simplesmente presos, sem opção a penalizações pecuniárias, embora para isso tenha que ser revogada também esta última lei de 2006...
Ciente, todavia, de que mesmo assim continuarão a existir "poderosos" que sempre fintam a lei, recorrendo ao habitual compadrio...
Um abraço e bom feriado para si, Al Cardoso, e todos os amigos do seu Blogue.

Unknown disse...

Amigo Al, apenas para constatar a realidade do facto que apresenta e a utopia de todos (sem excepção, tb me incluo) para o ultrapassar do problema!

Abraço de amizade, e obrigado por este alerta...certamente verei estas situações de um modo diferente!

a d´almeida nunes disse...

Após ler tantos e tão oportunos comentários que mais acrescentar?
Subscrevo integralmente o Zé Lérias para poupar espaço digital. Que espaço urbanístico poupam-no sim mas é para obras que dêm dinheiro à vista.
Um grande abraço
António

Flôr disse...

Achei muito oportuno o post.

Continuam-se a fazer construções sem se pensar nos que não têm facilidade de locomoção.
As igualdades...são só no papel.

Venho agradecer a visita que fez ao meu canto.

Beijitos

redonda disse...

Pois, realmente não está nada bem feito o esquecimento da lei da mobilidade e até em edifícios novos...

A. João Soares disse...

Caro Albino,
Acho muito bem este post.
As leis e, pior do que isso, a coerência e a solidariedade para com todos, o respeito pelos outros, tudo é esquecido ou por «distracção» ou pelo lubrificação das «atenções».
Não é apenas nas rampas. Nos edifícios onde trabalha ou se concentra muita gente, as portas devem abrir para fora a fim de, em caso de pânico, por acidente, a fuga ser facilitada.
Também os passeios devem estar desimpedidos de carros e e outros obstáculos. Mas frequentemente os carros impedem a passagem aos peões, aos carrinhos de bebé e às cadeiras de rodas dos deficientes. Além dos carros, há troços em que os passeios são uma gincana com as árvores, os postes de iluminação, os sinais de trânsito, de publicidade, etc que, por estarem desalinhados, quase impossibilitam a passagem a deficientes e a invisuais.
Os peões, a plebe que se lixe... Parece ser este o pensamento dos autarcas, arquitectos, construtores, etc.
Abraço

Tozé Franco disse...

Os organismos públicos deviam dar o exemplo...
Digo eu!

LSantos disse...

pois, basta ver as monumentais escadaria feitas em fornos, com largura mais que suficiente para levar uma rampa num dos lados...

bem como a ausência de corrimões, empedrado nas ditas..enfim.

sei que o guito não dá para tudo, mas não venderam os lancis em granito do BOM, que ornavam os passeios?
se fossem vendidos, de certeza que o guito dava para alguma coisa... ou melhor ainda, nem deviam ter comprado os novos! os velhos eram de muito melhor qualidade!!!!!!!!!